deste ano (Foto: Tiago Campos)
Enfim o ano de 2013 acabou para o Boa Esporte. O time de Varginha, que brigou para não cair no Campeonato Mineiro, fez uma Série B mediana terminando na 11ª posição da tabela, com 50 pontos. Se por um lado o sonho do acesso mais uma vez foi adiado, o Boa Esporte conseguiu permanecer mais um ano na competição, que disputa desde 2011.
Foram 38 jogos com 13 vitórias, 11 empates e 14 derrotas, um aproveitamento de 43,9%. O setor ofensivo foi o que ficou devendo mais futebol, já que o Boa Esporte teve o pior ataque de toda a Série B, com apenas 33 gols marcados – o Bragantino teve a segunda pior média, com 37 gols. Junto com o Avaí, o clube mineiro teve a 7ª melhor defesa da competição com 46 gols sofridos, terminando o torneio com saldo negativo de 13 gols.
Após lutar contra o rebaixamento no estadual e ser elimnado na primeira fase da Copa do Brasil, o Boa Esporte trocou o técnico Sidney Moraes por Nedo Xavier, que havia feito uma ótima campanha à frente do time de Varginha em 2011, terminando em 7º lugar com 57 pontos. No entanto, Nedo não conseguiu repetir o mesmo desempenho daquele ano e o rendimento da equipe caiu no returno – dos 57 pontos disputados, o Boa conquistou apenas 19. Acertado com o São Caetano, Nedo deixou o Boa Esporte na 36ª rodada e o técnico interino Cesinha assumiu a equipe.
Agora, resta ao Boa Esporte planejar 2014. A estrela do time Marcelinho Paraíba, o volante Rodrigo Souza, o meia Petros e o atacante Fernando Karanga negociam com outras equipes e não devem continuar no elenco boveta. O meia-atacante Francismar, que foi emprestado ao Vasco, o goleiro Douglas, emprestado do Vitória, e o lateral Airton, emprestado ao Sampaio Corrêa, ainda não estão confirmados no elenco do ano que vem.

O destaque
Rodrigo Souza: aos 26 anos, o volante revelado no Duque de Caxias chegou ao Boa Esporte após disputar o carioca pelo Nova Iguaçu. Ao lado de Betinho, o jogador impôs uma marcação implacável no meio de campo boveta. Ganhou a torcida em pouco tempo e chamou a atenção de alguns clubes grandes.Rodrigo Souza também protagonizou um suposto caso de racismo sofrido durante a Série B em partida contra o Sport, no Recife. Negociado com um grupo de investidores, o volante deve defender o Flamengo no ano que vem onde poderá disputar sua primeira Libertadores.
A decepção
Ataque: com o pior ataque da Série B, o setor ofensivo do Boa Esporte ficou devendo futebol. Luiz Paulo foi o artilheiro com sete gols marcados, seguido por Marcelinho Paraíba e Fernando Karanga, que marcaram cinco tentos cada. Este último, principal aposta do técnico Nedo Xavier no setor, caiu de rendimento após ter marcado diante da vitória contra o Palmeiras por 1 a 0 no Melão. Depois disso, Karanga marcou apenas um gol no returno da competição. Outras apostas como Malaquias, Bambam e Crislan também não emplacaram.
Melhor jogo
Joinville 2×3 Boa Esporte: uma das partidas mais eletrizantes do Boa Esporte nesta Série B. Era a 11ª rodada da competição na casa de uma equipe que estava brigando diretamente pelo G-4. O Joinville abriu o placar com um gol relâmpago logo no primeiro minuto de jogo com Edigar Júnio. Três minutos depois, Rodrigo Souza empatou para o Boa após cobrança de escanteio de Rafinha. Lima colocou os donos da casa de novo na frente ao marcar aos 16 minutos, só que a resposta do Boa veio um minuto depois com Marcelo Macedo, hoje no futebol colombiano. No segundo tempo, o goleiro Ivan defendeu fora da área com as mãos e foi expulso. Com um jogador a mais, o Boa buscou a vitória com Luiz Paulo, que marcou aos 39 minutos. O resultado colocou o time mineiro na 8ª posição e serviu de impulso para a equipe entrar na briga pelo G-4.
Pior jogo
Boa Esporte 0x4 Oeste: com certeza um jogo para ser esquecido pelos torcedores bovetas. O time de Varginha, então na 12ª posição, recebia o Oeste de Itápolis que estava duas posições abaixo na tabela. A dupla de zaga titular, Thiago Carvalho e Ciro Sena, não entrou em campo e Xandão e Everton Luiz, sem entrosamento, foram usados. O técnico Nedo Xavier ainda arriscou ao colocar Bambam e Malaquias como titulares no ataque. Resultado: uma chuva de gols rubro-negra e nenhum tento marcado pelos donos da casa.
Menção honrosa
Marcelinho Paraíba: estrela, capitão e maestro… isso tudo aos 38 anos. Marcelinho Paraíba mostrou no Boa Esporte que ainda tem futebol. Participou de quase todos os jogos com a camisa boveta e nunca esteve no departamento médico do clube. Foram cinco gols marcados na Série B –dois deles na vitória por 3 a 2 sobre o América-RN, quando o meia se emocionou e chorou em campo. Sondado por outras equipes, foi liberado faltando duas rodadas para o fim da competição. Será sempre bem lembrado pela torcida do time de Varginha. om informações de Globo Esporte.