A cidade de Guaxupé, no Sul de Minas, viveu uma madrugada de terror nesta terça-feira, 8. Um grupo fortemente armado, do chamado “Novo Cangaço”, atacou a sede da Polícia Militar, explodiu uma agência bancária e levou pânico aos moradores.
As Polícias Civil e Militar montaram uma operação em conjunto para identificar e prender os assaltantes. De acordo com as investigações, foram identificados no mínimo 15 bandidos encapuzados e armados com fuzis e outras armas de grosso calibre.
Guaxupé é uma importante cidade do Sul do estado, famosa por sua excelente produção de café. Inclusive, nos anos 90, o município foi cenário da novela O Rei do Gado, onde morava o personagem Geremias Berdinazzi, rico fazendeiro interpretado por Raul Cortez.
A ação do Novo Cangaço em um centro tão importante mostra a audácia dos criminosos e o momento desafiador que as forças de segurança de Minas Gerais enfrentam. Nesta mesma terça-feira, agentes de Segurança Pública protestam contra Zema, que prometeu recomposição salarial à classe, mas não cumpriu até o momento.
Minas Gerais parecia ter se livrado do problema dos novos cangaçeiros. O último ataque ao estado havia sido há quase 1 ano, na cidade de Camanducaia, também no Sul do estado. Naquela ocasião, agências da Caixa Econômica Federal e do Santander também foram atacadas pelos bandidos.
A PM informou que “segue em diligências de rastreamento para prisão dos envolvidos, inclusive com reforço de policiais militares da 18ª Região de Polícia Militar, do Comando de Missões Especiais, por meio do BOPE, e do Comando de Aviação do Estado”.
Na bronca com Zema

A manifestação das forças de segurança na manhã desta terça-feira expôs o descontamento da classe com o governo atual. Com gritos de “Zema Caloteiro”, os trabalhadores ameaçam paralisar as atividades caso não sejam ouvidos pelo governador.
“Estamos com uma perda inflacionária de 74,89%, de um acumulado de dez anos. Nesse tempo, houve uma negociação considerando até 2022, e desse total, apenas 13% foi pago. Ou seja, ele propôs três recomposições, só que ele pagou só uma de deu calote em duas”, afirmou Marcelo Horta, um dos líderes dos policiais civis.