O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou os resultados de um diagnóstico sobre a comunidade quilombola da Serrinha, em Frutal, Triângulo Mineiro. A reunião teve como objetivo, proteger o território quilombola e garantir o acesso a direitos básicos. Além disso, o foco foi conter disputas de terra entre quilombolas e fazendeiros vizinhos.
Para isso, o MPMG propôs a criação de uma Rede de Acompanhamento dos Povos e Comunidades Tradicionais no município. A rede promoverá encontros para monitorar as necessidades da comunidade e assegurar seus direitos. A reunião contou com a apresentação de um relatório antropológico e relatos dos moradores sobre suas dificuldades e expectativas.
O encontro liderado pelas promotoras de Justiça Aline Silva Barros e Angélica Queiroz de Medeiros, juntamente com a coordenadora regional do Cao-Cimos, Carolina Marque, reuniu representantes de diversos órgãos, incluindo os poderes Executivo e Legislativo, Emater, OAB, Iepha, Uemg, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Polícia Civil e Polícia Militar. A comunidade quilombola da Serrinha, certificada pela Fundação Cultural Palmares em 2015, conta com 16 famílias.
A ação do MPMG em Frutal demonstra um compromisso efetivo com a proteção dos direitos das comunidades tradicionais. A criação da rede de acompanhamento e o diálogo aberto com diversos setores da sociedade representam um grande passo para garantir a segurança territorial e o acesso a políticas públicas para a comunidade quilombola da Serrinha. A expectativa é que essa iniciativa sirva de modelo para outras regiões, fortalecendo a luta pela preservação das identidades culturais e pela justiça social no campo.