O São Paulo comemorou o título da Copa Sul-Americana com festa em uma casa noturna na Rua Augusta, na capital paulista. O eventou contou com a presença da maioria do elenco tricolor, e reuniu homenagem ao meia Lucas, discurso de Juvenal Juvêncio, piadas com Luis Fabiano, e imitações do presidente.
Para começar a festa, apresentada pelo vice-presidente de comunicação Júlio Casares, o São Paulo exibiu um vídeo com os dizeres: “O campeão voltou”. Parte da diretoria tricolor vestia uma camiseta vermelha com os dizeres “El campeón volvió” – tradução da mesma frase, em espanhol.
Das mãos do presidente Juvenal Juvêncio, o troféu da Sul-Americana foi passado ao capitão Rogério Ceni. De Juvenal, Ceni, aos 39 anos, ouviu elogios:
– Vou passar este troféu, que eu não tinha visto, e é muito belo, a ele. O grande mestre. O grande ícone deste clube repousa em Rogério Ceni.
O mandatário tricolor, que sorriu ao ver o goleiro imitá-lo, também não perdeu a chance de brincar com Luis Fabiano. O atacante foi expulso no primeiro jogo da final, na Bombonera, e ficou suspenso para a decisão.
– Luis Fabiano, às vezes, é uma pessoa bastante irreverente. Da Argentina, ele, cabisbaixo, me telefona, e fala do erro que cometeu. Hoje, tenho de dar os parabéns a ele (risos).
Juvenal Juvêncio também destacou os feitos do volante Wellington. Depois, falou sobre o momento do São Paulo, com muito bom humor, e aos risos.
– Este troféu significa o crescimento do São Paulo. A equipe está crescendo. Tem potência, tem respeito, uma harmonia única entre o elenco e a diretoria. O time está melhorando, está compacto. Só está faltando um pouco de… gol. Só isso. Nós vamos ser muito competitivos. Àqueles que não gostam de ouvir isso, eu lamento.
Rogério Ceni falou da alegria em conquistar mais um título, elogiou o grupo atual do São Paulo e comentou sobre Lucas, que fez seu último jogo pelo clube antes de se transferir ao PSG (FRA).
– Trabalhei com grandes grupos aqui nestes meus 23 anos de São Paulo. Não sei se este grupo é o melhor de todos, mas certamente merecíamos muito um título. Merecíamos pelo clima entre os atletas, pelo respeito no trabalho. Não lembro de um único problema envolvendo este grupo. Ao Lucas, fiz questão de dar a chance de levantar a taça. Ele é único, e este é o meu presente para ele.
O camisa 7 recebeu, também, dois troféus das mãos da diretoria. Um deles do diretor de futebol Adalberto Baptista, e outro de João Paulo Jesus Lopes, vice-presidente de futebol. No palco, seus colegas cantavam: “Uh, vai chorar!”.
Juvenal Juvêncio também fez questão de falar sobre Lucas, e elogiou a conduta do jogador, que está negociado desde agosto, mas que ficou até dezembro no São Paulo, para se despedir com título:
– Eu precisava fazer uma homenagem ao cidadão Lucas, e não ao jogador de futebol. Esse é um grande cidadão. Ele colocou a ética, a moral, acima de tudo. Lucas é um exemplo para o mundo do futebol. Mesmo negociado, transferido… Qual é a palavra para isso? Mesmo transferido, ele fez questão de ficar, de jogar – disse o presidente, antes de passar a palavra ao jogador, apontado por ele como símbolo do sucesso do Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, em Cotia.
– É mais fácil jogar bola do que falar aqui. O que eu tenho a dizer é um “muito obrigado” a Deus, pela família que me deu, pelo dom que me deu e por ter colocado o São Paulo no meu caminho. Agradecer a todos. Vou levar para sempre o São Paulo no meu coração. Quem sabe um dia eu possa voltar – disse Lucas.
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