ESPORTE – Um spray de demarcação das barreiras no futebol, conhecido como Spuni, será usado na Copa do Mundo pela primeira vez. A notícia foi anunciada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter.
A iniciativa surgiu de Ituiutaba, sendo criada e patenteada pelo inventor Heine Allemagne e a utulização do seu produto na Copa foi o que faltava para o pioneiro na tecnologia contemplar o sucesso da idéia.
“- Eu gastei 13 anos da minha vida para provar que isso era uma boa idéia para o futebol mundial. Quando vi o Blatter elogiando a atitude do spray, o meu sentimento foi de missão cumprida” – comentou.
A ferramenta, chamada de Spuni, auxilia a arbitragem no posicionamento da barreira, aos 9 metros e 15 centímetros de distância da bola numa cobrança de falta, foi aprovada pela Fifa no ano passado. Neste ano, foi utilizada no Mundial de Clubes e recebeu elogios, inclusive, da crônica esportiva. O contentamento do mineiro é ainda maior por se tratar da competição no Brasil.
“- Às vezes a história é escrita de forma cinematográfica. Um projeto que começou aqui e terá o desfecho, a nível mundial, no meu país. É gratificante demais” – afirmou.
COMO TUDO COMEÇOU…
Após ouvir o narrador Galvão Bueno contestar a barreira de jogadores em um clássico entre Brasil e Argentina, o mineiro teve a imediata ideia de desenvolver algum produto que pudesse solucionar o problema. Heine inspirou-se na espuma de barbear e esboçou a composição, indo parar em um laboratório do Paraná para poder desenvolver os testes. A composição à base de óleo vegetal tem durabilidade de um minuto e atendeu a todas as necessidades do futebol: ter coloração que se destacasse ao verde da grama, no caso o branco como as linhas do campo, e ser biodegradável, pensando na questão ecológica.
A ferramenta foi pensada e desenvolvida em 2000. Aprovada pela Federação Mineira de Futebol (FMF), no mesmo ano foi utilizada em caráter experimental em uma competição de juniores. No ano seguinte, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reconheceu oficialmente a eficácia do spray e usou na Copa João Havelange. Já em 2008, a Confederação Sul-Americana (Conmebol) foi quem deu a aprovação para que as federações usassem. Foram 12 anos de espera desde o início do projeto, até a Fifa e a International Football Association Board (IFAB), órgão responsável pela regularização das regras do futebol, reconhecerem e concederem a patente ao verdadeiro inventor.
“- Saem muitas notícias na mídia de inventores no Peru e no México, por exemplo. Mas de fato quem criou e teve o reconhecimento dos órgãos máximos no futebol fui eu. Tanto é que patenteei como forma de projeto e não com cunho comercial. Na hora de analisar tecnicamente, a Fifa utilizou a espuma que eu criei”– esclareceu. Com informações de Globo Esporte
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