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Plano da Secretaria de Estado de Saúde para a Copa do Mundo é referência no Brasil

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O plano de atendimento montado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para a Copa do Mundo está sendo utilizado como referência no país. Durante quatro anos, profissionais da secretaria se prepararam para o evento. Em março, o plano mineiro foi apresentado numa reunião temática para todas as cidades-sede que aconteceu em Manaus.

O Estado foi o único a cumprir todas as exigências feitas pela FIFA para a área de saúde no atendimento durante a Copa do Mundo. O plano operativo da SES foi desenvolvido a partir de uma consultoria feita por um grupo de profissionais de Portugal, em conjunto com os técnicos da própria secretaria e dos hospitais. Além de atender às demandas dos organizadores do evento, o planejamento preparado pela SES deixa um legado de melhorias na atenção à saúde dos usuários do SUS, com profissionais melhor preparados para o atendimento de urgência e emergência e aparelhos mais modernos para dar suporte às equipes hospitalar e pré-hospitalar.

A SES fez investimentos de R$ 34 milhões na preparação das equipes, compra de equipamentos, contratação de consultorias internacionais e adequação hospitalar.  “Estamos nos preparando desde abril de 2011 com a criação de protocolos, planos de contingência e realização de simulados. Estamos monitorando o dia a dia das doenças que estão ocorrendo nos países que realizarão jogos em Belo Horizonte e das delegações que se hospedarão em Sete Lagoas e Vespasiano”, informou a médica infectologista do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), Tânia Marcial.

A gerente do Projeto Saúde na Copa da SES, Flávia Valle, destaca os resultados obtidos no trabalho do Estado em um plano complexo, que envolve um número grande de equipes de prevenção, vigilância, atendimento hospitalar e pré-hospitalar, com parcerias essenciais para o sucesso do trabalho, incluindo ações de QBRN – que consiste na identificação, classificação, desenvolvimento de princípios e de procedimentos básicos de proteção e de segurança, remoção, transporte e descontaminação de vítimas atingidas com produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares. “O Estado de Minas Gerais saiu na frente e nossa preparação tornou-se referência para o Brasil. A grande diferença é que Minas deixou de pensar apenas na rotina de atendimento individual e passou a pensar em casos envolvendo múltiplas vítimas, incluindo ainda a temática QBRN”, frisou.

O coordenador de Urgência e Emergência da SES, Rasível dos Reis Santos Júnior, destaca, ainda, os avanços que o plano deixará para os usuários do SUS no estado. “O que vai ficar de legado para os usuários é nosso know-how em situações de catástrofe. Aprendemos a atender essas vítimas, fazer a triagem correta e encaminhar para o serviço mais adequado. Com essa nova estrutura esperamos melhorar muito a resposta em casos com múltiplas vítimas e de acidentes nucleares, químicos e biológicos”, avalia.

Ações preparatórias

Para organizar e atender a todas as necessidades em Saúde que um evento como a Copa do Mundo demanda, o então governador de Minas, Antonio Anastasia, assinou o decreto 46.449, criando o Grupo Gestor de Resposta Integrada a Emergências Médicas. O objetivo desse grupo – formado por representantes da Secretaria de Estado de Saúde, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Secretaria de Estado de Defesa Social e da Secretaria de Estado de Turismo e Esportes – é integrar os sistemas de saúde e de defesa social para garantir mais agilidade no atendimento pré-hospitalar e hospitalar em ocorrências com múltiplas vítimas.

O decreto também estabelece a permanente comunicação entre as centrais operativas do SAMU e do Corpo de Bombeiros, integrando as duas equipes para otimizar recursos e tempo, fatores ainda mais preciosos em casos de urgências e emergência.

Para os locais de maior concentração de pessoas, como o estádio do Mineirão, aeroportos de Confins e a Fan Fest, no Expominas, foram adquiridos três Postos Médicos Avançados (PMA), com 25 tendas de atendimento médico. No Mineirão a estrutura será montada em todos os dias que houver jogos no estádio; na Fanfest o posto permanecerá montado durante os 25 dias de evento, mas só funcionará em situações com múltiplas vítimas. Já o posto do aeroporto de Confins será montado, apenas, se houver ocorrências graves. Outros dois PMA’s ficarão disponíveis no 1º e 3º Batalhões do Corpo de Bombeiros.

Para o Corpo de Bombeiros foram disponibilizadas ainda duas tendas de descontaminação, trajes de proteção química e equipamentos de proteção individual (EPI). Os hospitais de referência também receberam trajes de proteção química para o atendimento de pacientes contaminados por agentes químicos, biológicos e radiológicos.

A SES adquiriu ainda o primeiro helicóptero biturbina do país para transporte aeromédico.

A Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, em conjunto com a Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (SOMITI), trabalhou na capacitação das equipes dos hospitais-referência – Hospitais João XXIII e Eduardo de Menezes da rede Fhemig; Hospital Municipal Odilon Behrens; e Hospital Risoleta Tolentino Neves, administrado pela UFMG – e repassaram a metodologia da construção dos Planos Hospitalares, acompanhando os simulados e prestando consultoria.

As equipes de atendimento – médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos – participaram de simulados. O Hospital Eduardo de Menezes recebeu, durante os exercícios, 15 vítimas simultâneas, a maioria delas com necessidade de tratamento em UTI. Os demais hospitais receberam 60
vítimas ao mesmo tempo.  “A resposta das equipes foi excelente. Depois dos simulados tivemos um momento de feedback com os consultores portugueses e eles apontaram os pontos de melhoria e aquilo que realmente foi bom”, avaliou Flávia Valle, gerente do Projeto Saúde na Copa da SES.


Os profissionais de Vigilância em Saúde também participaram de treinamentos e capacitações para identificação, prevenção e atuação em casos que envolvam riscos de contaminação e transmissão de doenças, incluindo ações de bioterrorismo.

Rede Integrada de Ação e Atendimento

Na retaguarda do plano, a SES conta com instituições referência em suas áreas de atuação.  A Fhemig acompanhou, preparou e deu suporte a todas as ações envolvendo os dois hospitais da rede – Hospital João XXIII e Hospital Eduardo de Menezes.

Fundação Ezequiel Dias ficou à frente dos treinamentos de profissionais da saúde e da segurança pública que vão atuar durante os jogos. O Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de Minas Gerais (Gate/PMMG) recebeu treinamento antibioterrorismo, ministrado pela coordenadora do Grupo de Proteção da Funed, Adriane Nunes. Para os profissionais envolvidos nos Núcleos de Vigilância Epidemiológica do Hospital Municipal Odilon Behrens, do Hospital Mater Dei e do Programa Municipal Saúde do Viajante de BH, a Funed ministrou um treinamento do teste SD Bionline, que é capaz de diagnosticar a malária em até 30 minutos.

Fundação Hemominas preparou um plano de contingência com o objetivo de aumentar os estoques de hemocomponentes em 20% no hemocentro de Belo Horizonte. A instituição firmou uma parceria com a Johnson & Johnson para uma ação de coleta externa no período de 13 a 16 de maio.

As ações em parceria com o Corpo de Bombeiros incluíram o treinamento especial de cerca de três mil integrantes da corporação em salvamentos terrestres e aquáticos, combate a incêndios, idiomas e atendimento de urgência e emergência. A corporação está completamente envolvida no plano de atendimento a desastres e catástrofes com múltiplas vítimas. 
Fonte: Agência Minas

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