Em Belo Horizonte, somente uma das dez agências existentes está funcionando segundo o sindicato.
Das 195 agências da Previdência Social do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Minas Gerais, pelo menos 74 ficaram fechadas nesta quinta-feira (9), terceiro dia da greve nacional da categoria que teve início na última terça-feira (7).
Conforme divulgado no início da noite desta quarta-feira (8) pelo Ministério da Previdência Social, das 1.605 unidades espalhadas pelo país, o movimento grevista paralisou completamente 213 agências e parcialmente 292.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social (Sintsprev/MG), nove das dez agências existentes em Belo Horizonte continuam fechadas. A única delas que se encontra aberta é a do Santa Efigênia, “onde estão atendendo precariamente”.
Já no interior, onde estão 185 agências, o sindicato diz já ter a confirmação do fechamento de agências de 64 cidades.
São elas: Juiz de Fora, Poços de Caldas, Uberaba, Uberlândia, Montes Claros, Varginha, Contagem, Viçosa, Betim, Rio Pardo de Minas, Janaúba, Januária, Brasília de Minas, Corinto, Curvelo, Santa Luzia, Ibirité, Diamantina, Guanhães, Itamarandiba, Bom Despacho, Pará de Minas, Passos, São Sebastião do Paraíso, Coronel Fabriciano, Manhuaçu, Muriaé, Itabira, Nova Lima, Ouro Preto, Itajubá, Pouso Alegre, Muzambinho, Andradas, Medina, Pedra Azul, Teófilo Otoni, Araçuaí, Carlos Chagas, Araxá, Frutal, Patos de Minas, João Pinheiro, Carmo do Parnaíba, Campo Belo, Caxambu, Lavras, São Lourenço, Três Pontas, Cássia, Santa Rita do Sapucaí, São João Nepomuceno, Elói Mendes, Alfenas, Boa Esperança, Cambuí, Monte Santo de Minas, Guaxupé, Campos Gerais, Três Corações, São Gonçalo do Sapucaí.
Em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado, tanto a agência quanto a gerência executiva — que atende várias cidades da região — estariam fechadas. Ainda de acordo com o Sintsprev, os trabalhadores do INSS de Barbacena e São João Del-Rei estão atendendo apenas os agendamentos. Na cidade de Ubá, a categoria deliberou pelo início da greve nesta sexta-feira (10).
A categoria pede reajuste salarial de 27,5%, incorporação de gratificantes e abertura de concurso público, entre outras reivindicações. “Trabalhamos com uma defasagem de 10 mil pessoas em todo o país, sendo que em 2017 cerca de 60% dos nossos funcionários estarão aptos a aposentar. Se já estamos com dificuldade em atender à população agora, imaginem daqui a dois anos?”, questiona o diretor do sindicato, Patrick Osório.
Um concurso para 950 vagas em todo o Brasil estaria programado para acontecer, porém, isso não corresponderia a nem 10% do necessário. “Tem agendamento em que o beneficiário precisa esperar até quatro meses para ser atendido justamente por conta dessa defasagem. Sem falar na falta de condições de trabalho. Os nossos sistemas são ruins e lentos, gerando desgastes para os servidores e também na população, que muitas vezes deixa de ser atendida por conta disso”, lembra o diretor.
O sindicato afirma ainda que as adesões seguem aumentando entre os servidores federais da Saúde, como no Hospital Galba Veloso, e em unidades de Juiz de Fora, Uberaba, Campos Sales, Andradas, Montes Claros e Poços de Caldas. O mesmo acontece entre os servidores do Ministério do Trabalho, sendo que em Juiz de Fora e Divinópolis os postos estão fechados. A greve está parcial nas cidades de Curvelo, Viçosa e Diamantina.
No Brasil
Apesar do movimento garantir que a adesão estaria em torno de 80% em todo o Brasil, o Ministério da Previdência Social garante que o a adesão estaria em torno de 5,72%, 1.858 trabalhadores parados no segundo dia do movimento.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, Sandro César, funcionários de 19 estados aderiram à paralisação. “Até o próximo dia 10, todos os estados estarão em greve”, afirmou. Para ele, o número de servidores em greve é maior. “Pelos contatos que fazemos com os sindicatos em todo o país, 80% da categoria estão paralisados nos estados que aderiram ao movimento”.
COM AGÊNCIA BRASIL / O Tempo
Deixe um comentário
Deixe um comentário