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Tarifa de energia da Cemig sobe ao menos 11% em 2016

Adelino Júnior

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Os mineiros já podem preparar seus bolsos para o aumento da tarifa de energia elétrica em abril deste ano, quando a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulga seu reajuste anual. Segundo o presidente Mauro Borges, ao menos a inflação deverá ser repassada aos consumidores.
Outro fator que vai impactar na nova tarifa, segundo Borges, será o reajuste pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) do valor de geração de 29 usinas hidrelétricas, incluindo algumas da Cemig, divulgado nesta terça. Somando o índice de inflação oficial de 2015, de 10,7%, com o acréscimo calculado por Borges de até 0,4% em função do reajuste da geração, são pelo menos 11% de aumento.
Esse impacto porém, pode ser ainda maior. Segundo divulgado pela Aneel nesta quarta, o reajuste da geração deve provocar um acréscimo de 1,7% nas contas de luz dos brasileiros. Neste caso, o aumento na tarifa seria de 12,4%.
“O reajuste deve trazer a inflação, os custos dos distribuidores no ano que são repassados aos consumidores”, afirmou nesta quarta o presidente da Cemig.
Mesmo assim, Mauro Borges defendeu que a tendência é a estabilização do valor da tarifa, principalmente com a adoção da bandeira verde pela Aneel o que ele acredita que deve acontecer ao longo de 2016.
Desligamento. Borges informou que não vê o fim da tarifa extraordinária em breve. “O Operador Nacional do Sistema (ONS) está cuidadoso com o desligamento das térmicas porque é necessário recuperar os reservatórios das hidrelétricas. Esse processo deve levar de dois a três anos e por isso o operador precisa fazer esse equilíbrio, utilizando as térmicas. Por isso temos que torcer para chover muito neste ano, encher os reservatórios para retirar a bandeira vermelha”, afirmou. Para Borges, a retirada da bandeira vermelha não deve acontecer antes de abril de 2016.
Concessionária investe R$ 30 mi em usina de cogeração
A Cemig e a Bem Brasil Alimentos assinaram nesta quarta um contrato para implantação de uma usina de cogeração de energia elétrica e vapor, por biomassa, na nova unidade da indústria de batatas pré-fritas congeladas que será inaugurada em Perdizes, na região do Alto Paranaíba. O investimento da Cemig na usina será de R$ 30 milhões, enquanto a Bem Brasil investirá 230 milhões na nova unidade. A fábrica deve ser inaugurada em outubro e em plena produção, de 170 mil toneladas por ano, em 2019. A Bem Brasil tem outra unidade em Araxá, na mesma região, que produz 100 mil toneladas por ano.
A usina deve gerar 54 mil MWh/ano atendendo cerca de 70% da necessidade da fábrica. Com a economia, a Bem Brasil terá sete anos para reembolsar a Cemig na totalidade de seu investimento. “O valor investido retornará, mas o objetivo não é lucratividade. Com o projeto estaremos economizando energia do Sistema Interligado Nacional”, disse o presidente da Cemig, Mauro Borges. O projeto foi desenvolvido pela Efficientia, empresa da Cemig de eficiência energética.
Segundo o prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni (PSDB), a fábrica vai fazer o PIB industrial da cidade passar de 4% para 12%. “É uma cidade que vive do agronegócio e teremos o fortalecimento da indústria”, afirmou.
O prefeito ainda destacou que a fábrica passará a ser o maior empregador da cidade. “Hoje é a prefeitura. Isso vai mudar com a vinda da Bem Brasil”, disse. A estimativa é de 300 empregos diretos e pelo menos 2.000 indiretos. “Mas creio que o número é maior por causa do número de fornecedores da agricultura”, afirma João Emílio Rocheto, diretor da Bem Brasil.
Instalação
Mais cedo.
 O prazo de instalação da usina em Perdizes é de 18 meses. Segundo o diretor da Bem Brasil, João Rocheto, a usina adiantou o projeto da nova fábrica em um ano.
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