Minas exportará modelo de inclusão de catadores de material reciclável

Projeto de sistematização do modelo de coleta seletiva solidária de resíduos, que torna os catadores de material reciclável em prestadores de serviço para as prefeituras, está sendo desenvolvido em Minas Gerais com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O investimento total é de U$284 mil, sendo U$170 mil do BID e U$114 mil do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e iniciativa privada.

O Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), que tem gerência compartilhada pelo Servas e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad), coordena a execução do projeto em parceria com o Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável e a Oscip Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável.

A proposta prevê a formatação do modelo de inclusão socioprodutiva dos catadores, utilizando como campo de estudo e consolidação da metodologia os municípios de Itaúna e Pará de Minas (Centro-Oeste), João Monlevade (Central), Lavras (Sul de Minas), Paracatu (Noroeste) e Porteirinha (Norte de Minas).

Um termo de compromisso foi assinado com os gestores públicos dessas cidades e as associações e cooperativas de catadores locais, que possuem ao todo 189 integrantes. Segundo a diretora executiva do CMRR, Jacqueline Rutkowski, os municípios foram escolhidos porque os catadores já estão organizados e há predisposição das prefeituras em consolidar o sistema de coleta seletiva solidária em suas cidades.

Modelo para o Brasil e América Latina

O final da execução do projeto está previsto para outubro deste ano, quando será apresentado ao BID um relatório com a sistematização da metodologia de implantação da coleta seletiva solidária. “O documento vai facilitar a utilização do modelo em outros municípios de Minas Gerais e do Brasil. A intenção do BID é replicar o método em outros países da América Latina”, ressalta Jacqueline.

Ela observa que a escolha de Minas Gerais, pelo BID, para consolidar a metodologia, se deve ao fato de o estado ser o único do país que já desenvolve uma política pública de inclusão socioprodutiva de catadores como prestadores de serviço de coleta seletiva aos municípios. A diretora do CMRR informou que o modelo está em implantação em 13 municípios e se encontra em diferentes estágios de funcionamento em outros 37.

 

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