Cursos de boas práticas de fabricação e educação sanitária são oferecidos em Minas

 

O apicultor João Bosco de Assis, dono de uma agroindústria de mel, em Bom Despacho, no Centro Oeste de Minas, é um dos frequentadores assíduos dos cursos gratuitos de boas práticas de fabricação e educação sanitária oferecidos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas) e o Instituto Ernesto Antônio de Salvo (Inaes).

Em 2015, o IMA e o Senar realizaram 34 cursos de capacitação, com a participação de mais de 400 produtores em todo estado. Para este ano, estão previstos outros 40 cursos com previsão de atender mais de 500 agricultores familiares.

Segundo o gerente de Educação Sanitária e Apoio a Agroindústria Familiar do IMA, Gilson de Assis Sales, as ações estão alinhadas com a legislação estadual nº 19.476/2011, que trata da regularização das agroindústrias familiares. “O foco é a mudança de comportamento dos produtores, a consequente melhoria da qualidade do que é produzido, garantia da segurança alimentar dos consumidores e a regularização formal da agroindústria”, ressalta Sales.

O IMA informou que, no ano passado, foram realizadas cerca de 550 vistorias em agroindústrias familiares do estado. Essas averiguações têm o objetivo de acompanhar o processo de regularização sanitária e de orientar os produtores, inclusive na confecção da rotulagem correta. “A regularização da agroindústria familiar tem papel fundamental no desenvolvimento regional, porque gera emprego, renda e fortalece a economia local”, conclui o técnico do Instituto.

A política de educação sanitária é ampla e também envolve ações para a saúde animal. O Programa de Apoio a Saúde Agropecuária (Pasa), uma parceria entre o IMA, Inaes e o Senar Minas, por exemplo, tem como uma das propostas treinar trabalhadores rurais para serem vacinadores autônomos em suas regiões, principalmente onde há carência de médicos veterinários.

Com isso, o programa ajuda a ampliar a vacinação no estado. No ano passado, foram capacitados 351 trabalhadores em diversas localidades do estado. “Esse programa tem um benefício extra que é seu aspecto social,  pois  gera trabalho para esses vacinadores autônomos”, desta Gilson de Assis Sales.

 

Outra meta da educação sanitária é formar futuros cidadãos conscientes da importância da agropecuária para a produção sustentável. Nessa linha de proposta, está um dos programas mais antigos do IMA, o ‘Sanitaristas Mirins’, direcionado aos alunos de 8 a 11 anos das escolas públicas municipais e estaduais.

Na prática, os técnicos do IMA treinam os professores com palestras e material didático sobre assuntos como defesa sanitária, cuidado com animais, controle de pragas e preservação ambiental. Depois, esses conhecimentos são incluídos na didática pedagógica. Um livro, intitulado “A educação sanitária no dia a dia dos alunos – descobrindo a agropecuária na escola, que trata dos temas de forma lúdica, é distribuído a professores e alunos.

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