Os três acusados de matar o casal Higor Humberto Fonseca de Sousa, de 26 anos, e Rafaela D’Eluz Giordani, de 21, no início deste ano, foram condenados a um total de 141 anos de prisão. A sentença foi assinada na última quarta-feira pelo juiz Renato Zouain Zupo, da Vara Criminal de Araxá, no Alto Paranaíba, onde o crime ocorreu.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Yuri Santiago Borges, de 22 anos, foi condenado a 53 anos de reclusão pela prática de dois latrocínios – roubos seguidos de morte – e corrupção de menores.
Igor Rafael de Paulo Silva, de 18, foi condenado a 44 anos e seis meses pelos mesmos crimes. Vinícius Henrique Machado da Mata também foi condenado a 44 anos de prisão, mas apenas pelos dois latrocínios.
Somadas, as penas dos três chegam a 141 anos e seis meses de reclusão. Ainda segundo o TJMG, a decisão é de primeira instância, assim, cabe apelação criminal. No entanto, foi negado aos réus o direito de recorrer em liberdade.
O crime brutal contra o casal, em 23 de janeiro, levou medo e indignação aos moradores de Araxá. O grupo alega que foi até a casa para roubar as vítimas, porém, o empresário reagiu ao assalto. Na época, o delegado regional de Araxá, Cezar Colombari, disse que o empresário teria conseguido, inclusive, tomar uma arma de fogo da mão de um dos assaltantes.
O empresário tentou atirar, mas o revólver falhou. Com isso, ele acabou rendido e os dois foram mortos com mais de 100 facadas.
O advogado de Vinícius, Caires Lincon Mateus Borges, disse que o julgamento foi pela Vara Criminal de Araçuaí e que aguarda ser intimado da decisão judicial para recorrer da sentença. “Em nenhum momento, o meu cliente esteve na cena do crime e há provas disso. Ele é colocado como possível mentor”, disse Caires, que defendeu a tese de negativa de autoria. Vinícius se encontra preso desde 27 de janeiro no Presídio de Araxá. Os advogados de Igor e Yuri não foram localizados.