Araxá é um dos cinco municípios incluídos na nova fase do Projeto de Integração Regional de Minas Gerais – Modal Aéreo, ampliado pelo Governo de Minas Gerais.
O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), amplia o Projeto de Integração Regional de Minas Gerais – Modal Aéreo (PIRMA). Nesta segunda etapa, cinco novas cidades foram incluídas às rotas, que passam a ter, além de voos diretos para o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, opções de escala, com voos que ligam os municípios do interior entre si. Araxá é um dos novos destinos, juntamente com Lavras, Manhuaçu, Passos e Pouso Alegre. O primeiro voo para a cidade ocorre nesta segunda-feira (7/11), com saída da capital às 15h10 e chegada a Araxá prevista para 16h15.
Os novos municípios terão voos de ligação com Belo Horizonte e serão incluídos aos circuitos criados para conexão entre os outros 12 municípios da primeira fase do projeto: Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Juiz de Fora, Muriaé, Patos de Minas, Ponte Nova, São João del-Rei, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa. Com a criação dos circuitos, o projeto oferecerá voos diretos e voos com mais de um trecho. Os novos voos começaram na quarta-feira (2/11).
A venda dos vouchers continua a ser feita pelo site www.voeminasgerais.com.br. A plataforma de compras foi aprimorada: agora, o cliente possuirá uma conta de usuário, na qual poderá acessar seu histórico de compras, atualizar dados pessoais e solicitar reembolsos, reemissões, remarcações e cancelamentos. Além disso, o web check-in foi viabilizado, a pesquisa de voos oferece resultados mais precisos aos interessados (com opções do destino para toda a semana), a interface de compras está mais amigável, e o acesso por dispositivos portáteis foi aperfeiçoado. Desde seu lançamento, o site recebeu mais de 110 mil acessos.
O passageiro agora poderá adquirir seu voucher até 40 minutos antes do voo, havendo disponibilidade. Outra novidade é a possibilidade de venda de vouchers no balcão de atendimento dos aeroportos. Nos voos com saída programada, os usuários poderão comprar até a abertura do check-in (venda tipo go-show). Agências também poderão realizar reserva de bilhete, assegurando o voucher para seus clientes dentro de um prazo pré-estabelecido, até a efetivação da compra.
As rotas da primeira fase do projeto foram definidas a partir de uma pesquisa, que ouviu mais de 2 mil pessoas em 31 municípios. Nesta segunda fase, a partir da avaliação do primeiro mês de funcionamento, os voos foram remanejados para garantir a prestação do serviço mais intensa nos locais onde houve maior procura de vouchers e também atender a demanda das novas cidades. Também foram consideradas as sugestões feitas por passageiros e moradores dos municípios atendidos na primeira fase do projeto, sobre dias e horários dos voos.
Experiência
O administrador Rodrigo Simões fez o trajeto de Curvelo a Belo Horizonte, trocando cerca de três horas de estrada por 27 minutos de voo. “Foi muito bom! Avião ótimo, confortável e pessoal competente. Tudo muito bom e não tenho do que reclamar. Espero que o projeto continue, pois pretendo usar bastante. Facilitou minha vida”, afirma.
Outro passageiro que destaca a agilidade e a conveniência do transporte aéreo é o médico Guilherme Antônio de Lima e Silva, que viajou de Diamantina até a capital pelo projeto. “Toda primeira semana do mês faço esse trajeto e agora só irei utilizar o PIRMA. Espero, ainda, que incluam mais voos, para ampliar o meu leque de escolhas. Serei cliente costumaz”, diz.
A segurança oferecida nessa modalidade de voos, ao passageiro e ao transporte de cargas, é indicada pelo administrador de empresas e palestrante José Roberto Cajaíba como um dos pontos fortes do PIRMA. Ele fez o percurso entre Patos de Minas e Belo Horizonte e elogiou a iniciativa. “Viajo muito a trabalho, portanto, preciso muito voar. O projeto me ajudou muito nesse quesito. Além disso, um avião de pequeno porte e um voo curto são muito mais seguros e velozes que uma viagem de carro ou de ônibus, principalmente para quem transporta cargas e objetos valiosos”, avalia.
Primeira fase
O PIRMA foi lançado este ano no dia 17/8 e realizou, até 21/10, cerca de 350 voos. Segundo o presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, trata-se de um processo de criação de uma nova cultura. “O uso de aeronaves de pequeno porte para aviação regional, que é comum em outras partes do País, ainda é uma iniciativa inédita em Minas Gerais. Por isso, acreditamos em um interesse crescente pelo serviço. A procura que tivemos por vouchers na rota de Teófilo Otoni, por exemplo, comprova que há uma demanda dos mineiros por essa forma de transporte, mais ágil e segura”.
As três rotas onde houve maior procura de vouchers na primeira fase do projeto são Teófilo Otoni, Viçosa e São João del-Rei. Diamantina, Patos de Minas e Juiz de Fora também tiveram uma procura de destaque.
O valor dos vouchers varia de R$ 100 a R$ 550, de acordo com a distância percorrida. As aeronaves, modelo Cessna Grand Caravan 208 B, transportam até nove passageiros e, em breve, farão também transporte de carga.
PIRMA e aviação
O Projeto de Integração Regional de Minas Gerais – Modal Aéreo busca fomentar os negócios locais, desenvolver o turismo, integrar as diversas regiões do estado e facilitar o deslocamento de moradores do interior para Belo Horizonte, permitindo que tenham acesso rápido a eventos e serviços disponíveis na capital. Para Minas Gerais, que possui uma área total de quase 600 mil quilômetros quadrados, o investimento na regionalização por meio do transporte aéreo é estratégico e indispensável para atender a meta de redução das desigualdades nos 17 territórios de desenvolvimento estabelecidos pelo Governo do Estado.
Segundo informações da ANAC, Minas Gerais conta atualmente com 121 aeródromos privados e 86 públicos. A administração, a manutenção e a exploração dos aeródromos públicos são atribuições da União. A Setop vem trabalhando em processos de delegação União-Estado, possibilitando investimentos do Governo estadual em reformas, melhorias e posterior delegação aos municípios ou empresas, para operação e manutenção.