Deputados de Minas, enfim, colocam o pé no freio na gastança com viagens no Estado
Depois de a Assembleia Legislativa de Minas Gerais ter limitado o número de viagens das comissões, os deputados estaduais conseguiram, pela primeira vez nos últimos anos, frear os gastos com deslocamentos para fora da capital. Durante o ano de 2015, o Legislativo mineiro desembolsou R$ 9,3 milhões com pagamentos para a agência de viagens que atende a Casa, com o fretamento de aeronaves e com diárias de deputados e funcionários. Entre fevereiro e dezembro de 2016, de acordo com a execução orçamentária, foram gastos R$ 8,7 milhões.
Nesse mesmo período, a Assembleia pagou R$ 3,7 milhões em diárias para deputados, contra R$ 3,8 milhões no mesmo intervalo de 2015. Além disso, foram R$ 990 mil em 2016 para o mesmo tipo de despesa com funcionários. Já no ano anterior, o gasto tinha sido de R$ 1 milhão. O Portal da Transparência da Casa ainda mostra que foram usados R$ 1,3 milhão com o fretamento de aeronaves no ano passado, menos que os R$ 1,7 milhão pagos em igual período de 2015.
Por fim, foram necessários em 2016 mais R$ 2,6 milhões para arcar com as despesas de agência de turismo que atende a Assembleia. No ano anterior, o Legislativo estadual tinha gastado R$ 2,7 milhões. Para efeito de comparação, a reportagem não considerou o mês de janeiro dos dois anos, já que os atuais parlamentares só tomaram posse em fevereiro de 2015.
Diante do agravamento da crise financeira no Estado, ainda em 2015, a Mesa Diretora deliberou uma cota de oito eventos externos – audiência pública e visita – para cada uma das comissões temáticas da Casa. Outra mudança prevista na mesma deliberação foi em relação ao prazo para apresentar justificativas e pedir o benefício, que passou a ser de 90 dias. Até então, eles podiam requisitar o ressarcimento de períodos indefinidos.
A relação das viagens para fora do Brasil pagas com o dinheiro público, contudo, continua sendo um mistério. Em 2016, um pedido da reportagem para ter acesso ao relatório de viagens internacionais feitas pelos deputados estaduais mineiros completou dois anos. Não apresentando as informações solicitadas, a Casa descumpriu a Lei de Acesso à Informação, que estabelece um prazo de 20 dias, prorrogáveis por mais dez, para que o órgão público atenda o pedido. (Tâmara Teixeira)
Incentivo
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Via: O Tempo