Bolsonaro confirma que não haverá horário de verão em 2019

O presidente Jair Bolsonaro disse que este ano o Brasil não terá o horário de verão e sinalizou que para o futuro a tendência é que a mudança nos relógios seja eliminada do calendário do país. “Tomei a decisão que neste ano não teremos horário de verão”, disse Bolsonaro nesta sexta-feira, 5, durante café da manhã com jornalistas.

Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que a pasta vai finalizar nos próximos dias os estudos sobre o tema. O material será entregue ao presidente Bolsonaro, que decidirá em caráter definitivo pela continuidade ou não do horário de verão no país.

Segundo o ministro, a decisão tem que ser tomada neste momento e não leva em conta apenas dados econômicos, mas outros fatores como sobrecarga e picos de consumo, por exemplo.

Este ano, a duração do horário especial foi mais curta do que nos anos anteriores: foi de 4 de novembro de 2018 a 16 de fevereiro.

Historicamente, esse período começa no terceiro domingo de outubro, mas seu início em 2018 foi adiado por conta do segundo turno das eleições, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se não houvesse o adiamento, aumentaria a diferença de horário entre os estados do Sul e do Sudeste e os que já têm fuso diferente, atrapalhando a divulgação dos resultados das urnas.

Sem grande efeito

Em vigor desde 1931, a mudança de horário foi uma estratégia do governo para gerar economia de energia, já que, durante a estação, as pessoas chegavam em casa e ligavam os chuveiros, ocasionando picos de consumo e grande desperdício.

Com o passar dos anos, porém, os picos passaram a ser registrados nos momentos mais quentes ao longo do dia, com grande utilização de aparelhos de ar-condicionado, sobretudo no comércio.

Por isso, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), por exemplo, entende que a alteração nos relógios não se justifica mais.

Em setembro de 2017, o governo federal chegou a anunciar a intenção de abandonar o horário especial a partir de 2018, mas voltou atrás.

Na ocasião, o anúncio gerou polêmica. Em cidades litorâneas, como o Rio de Janeiro, o comércio reclamou alegando que o horário de verão incentivava o consumo em bares e restaurantes no fim da tarde.

Atualmente, cerca de 30 países do mundo adotam o horário de verão.

Fonte: Exame e O Globo

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