Foi divulgado nesta quinta-feira (8/10) o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A projeção do cultivo em Minas Gerais, iniciado no segundo semestre deste ano, é de um volume de produção de 15,2 milhões de toneladas. O valor representa uma redução de 1,1% na produção em relação à safra anterior, quando foram colhidas 15,4 milhões de toneladas.
Além disso, também está prevista uma queda de 1,4% na produtividade e um crescimento de 0,3% na área cultivada. O subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, detalha que, apesar da redução, a previsão ainda é muito boa, já que a comparação se dá com um período em que Minas registrou uma safra recorde.
“Estamos com uma produção muito próxima da anterior, que foi excepcional. Mas temos que lembrar que essa é apenas a primeira previsão da Conab e que, portanto, esse valor pode variar bastante ao longo dos próximos levantamentos. Já sabemos que, em decorrência dos efeitos climáticos, há uma perspectiva de redução na produtividade e, apesar disso, estamos com previsão de uma boa safra”, argumenta.
Números
A redução teve como fator a queda em algumas produções, como a soja (-6,7%), algodão em caroço (-1,2%), amendoim (-73,5%), feijão total (-0,2%) e sorgo (-5,6%). Ao mesmo tempo, outros grãos estão com expectativa de crescimento. Este é o caso do arroz, que tem previsão de produção 7,3% maior nesta nova safra e ganho de 8,3% na produtividade. Em Minas são cultivados o arroz sequeiro (29,5%) e o arroz irrigado (70,5%), com estimativa de um total de 8,8 toneladas.
O milho também tem previsão de aumento de produção (+3,9%), atingindo um volume de 7,8 milhões de toneladas de milho total. A área plantada também sofrerá uma expansão de 2,5% e a produtividade de 1,4%. Além disso, a produção de trigo deverá crescer no estado, chegando o a um aumento de 9% na produção e um total de 227 toneladas. A produtividade deverá aumentar em 11,4%.
Efeito pandemia
Diante do aumento dos preços do feijão no mercado – valorização decorrente do crescimento no consumo do grão durante a pandemia –, a Conab registrou uma expansão de 14% na área plantada no estado para a sua primeira safra, que passou de 145,5 mil para 165,8 mil hectares.
A projeção aponta para uma produção de 204 mil toneladas, aumento de 5,1% em relação à primeira safra de feijão de 2019/2020. A previsão é que a semeadura tenha início neste mês de outubro.