- ANÚNCIO -

Passagem de satélites chama atenção de moradores de Gurinhatã

Adelino Júnior

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

Quem olhou para o céu na noite do último domingo, 18, observou uma faixa com vários pontos luminosos em sequência. Trata-se da constelação de satélites Starlink, da empresa SpaceX, comandada pelo empresário Elon Musk. O objetivo é distribuir sinal de internet a partir do espaço. Sempre que há a passagem destes satélites e as pessoas observam há uma grande curiosidade sobre do que se trata. Caso de alguns moradores de Gurinhatã, no Pontal do Triângulo Mineiro, que fotografaram a passagem da constelação de satélites ontem, por volta das 19h. Nesta manhã o fato se tornou assunto em alguns pontos da cidade. 

Agora, já são cerca de 835 satélites Starlink lançados, e a SpaceX segue rumo à sua constelação que prevê um total inicial de 12 mil unidades, tendo ambição, na verdade, de chegar ao número de 30 mil. Passar de 800 unidades é um marco importante, pois a empresa previa que, com entre 500 e 800, já poderia começar a testar sua conexão de internet banda larga de alta velocidade e baixa latência ao redor do mundo — na verdade, testes em fase beta privado já vêm acontecendo, e a velocidade da conexão já passa dos 100 Mbps, sendo que Musk prometeu que a conexão Starlink atingirá velocidades de até 1 Gbps por usuário, com a latência ficando abaixo dos 20 ms.

Para quem não está por dentro, o projeto Starlink tem como objetivo criar uma megaconstelação de satélites para oferecer tal internet a toda a extensão do planeta, o que beneficiará, em especial, pessoas em áreas remotas e isoladas. Contudo, tamanho aumento repentino da quantidade de satélites ao redor da Terra traz problemas: a passagem dos Starlink vem prejudicando observações astronômicas praticamente desde que a SpaceX lançou seu primeiro lote, em maio do ano passado.

Esse problema acontece pelo fato de que os satélites, enquanto elevam sua órbita, refletem muita luz solar, aparecendo como trilhas de pontos brilhantes no céu noturno. Ou seja: eles acabam sendo vistos a olho nu, aparecem em fotografias de longa exposição e, obviamente, também impactam as observações noturnas de telescópios, e até mesmo ameaçam a nossa busca por asteroides potencialmente perigosos.

Compartilhe este artigo
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile