A Ponte Affonso Penna, que passa sobre o Rio Paranaíba e liga os municípios de Araporã (MG) e Itumbiara (GO), é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas tem passado por várias interdições nos últimos anos devido a problemas na estrutura que podem representar riscos. A interdição mais recente foi em agosto deste ano.
A passagem continua fechada, mas, desde setembro, pesquisadores da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal de Uberlândia (Feciv/UFU), por meio de projeto de extensão financiado pelas prefeituras de Araporã e Itumbiara, estão fazendo análises da ponte. O financiamento do estudo é feio por meio da Fundação de Apoio Universitário (FAU).
O projeto é coordenado pelo professor Rodrigo Gustavo Delalibera e tem a participação de técnicos e estudantes da Feciv. A fase atual é de desenvolvimento dos ensaios para elaboração do projeto de reforço e recuperação da estrutura.
Inaugurada em 1909, a Ponte Affonso Penna tem 240 metros de comprimento e é considerada a ponte pênsil mais antiga do Brasil. A estrutura de ferro foi importada da Alemanha, transportada até o Rio de Janeiro de navio e depois de trem até Araguari (MG). O percurso até a divisa de Minas Gerais com Goiás foi concluído em carros-de-bois.
As pontes do tipo pênsil e estaiada são suspensas por cabos. A diferença é que, na pênsil, há um cabo de aço principal e os cabos pendurais, que se ligam perpendicularmente ao tabuleiro (a “laje” onde passam os veículos), enquanto que na estaiada os cabos (estais) que saem do mastro são ancorados diretamente no tabuleiro.