Um agiota, que também operava uma garagem de veículos em Uberlândia, é procurado pela força tarefa integrada que deflagrou a Operação Diamante de Vidro nesta terça-feira (17). Ele era o autor intelectual e operador financeiro da organização criminosa alvo da ação realizada hoje pelas polícias Civil (PC) e Militar (PM) de Minas Gerais e Ministério Público Estadual, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Uberlândia e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com o delegado Daniel Azevedo Batista, esse operador financeiro da organização criminosa é uma pessoa conhecida em Uberlândia. O nome desse suspeito, assim como os dos outros que foram presos, ainda não foi revelado porque os processos são sigilosos, mas o delegado afirmou que a identidade desse agiota será repassada à Interpol, já que existe o risco de fuga para outro país. “Ele agia como um banqueiro da organização, financiando ações e fazendo empréstimos para os criminosos”, explicou.
Também conforme informado pelo delegado, que integra a força tarefa investigativa, em uma ação policial anterior, foi identificado que esse garageiro ostentava uma casa no valor de R$ 2 milhões e carros avaliados em R$ 600 mil. “Ele ainda não foi preso, mas a operação está em andamento e ele pode ser encontrado a qualquer momento. Esse alvo da operação era sócio de um traficante em Catanduva e tinha atuação como agiota e garageiro de veículos em Uberlândia”, revelou.
Deflagrada na manhã desta terça (17), a Operação Diamante de Vidro já havia realizado dez prisões preventivas e três prisões em flagrante. Também já foram apreendidos mais de 30 veículos. A operação é voltada ao enfrentamento ao tráfico de drogas, combate à corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações, estelionatos e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes apurados em mais de 21 inquéritos policiais, cujas investigações conjuntas ocorrem há mais de um ano por meio de uma força tarefa integrada.
“A investigação começou com três prisões no dia 22 de junho de 2020. Depois, foram identificadas mais duas pessoas”, observou o promotor do Gaeco, Thiago Ferraz de Oliveira. “E sabemos que a organização criminosa escolheu Uberlândia para atuar devido à facilidade geográfica e posição estratégica que a cidade oferece”, completou.
De acordo com a força tarefa, atendendo a requerimentos feitos pela Autoridade Policial, o Poder Judiciário da Comarca de Uberlândia determinou a expedição de 46 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de prisão preventiva, indisponibilidade de 14 imóveis e apreensão/sequestro de 27 veículos, assim como de duas embarcações náuticas.