Deflagrada na manhã desta terça-feira (17) e ainda em andamento, a Operação Diamante de Vidro já realizou dez prisões preventivas e três prisões em flagrante. A informação foi confirmada, em entrevista coletiva concedida em Uberlândia, pela força tarefa investigativa formada pelas polícias Civil (PC) e Militar (PM) de Minas Gerais e Ministério Público de Minas Gerais, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Uberlândia e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo informou na coletiva o Tenente Coronel Heleno, da PM, entre as pessoas que foram presas estão um policial militar e suspeitos que usavam empresas de fachada. Houve também mandados de busca e apreensão para advogados. Ainda de acordo com o Tenente Coronel, também já foram apreendidos mais de 30 veículos, podendo chegar a mais de 40 durante a operação.
Ainda na coletiva, o delegado Daniel Azevedo Batista explicou que esses supostos empresários que estão entre as pessoas que foram presas mantinham e exibiam nas redes sociais grandes movimentações financeiras que não tinham condições de serem realizadas por eles. “Eram os chamados dublês de milionários”, explicou.
Segundo o delegado chefe Marcos Tadeu Brito, a operação efetuada nesta terça também serviu para enfraquecer o crime organizado em Uberlândia. “Tivemos a descapitalização do crime organizado na região”, destacou.
A investigação, de acordo com o promotor Thiago Ferraz de Oliveira, foi iniciada há mais de um ano. “Tudo começou com as prisões de três pessoas no dia 22 de junho de 2020”, informou. A operação foi denominada Diamante de Vidro em referência à origem das investigações, que decorreu da prisão de indivíduos suspeitos de estarem negociando pedras preciosas na cidade de Uberlândia, especificamente diamantes, mas que no decorrer das apurações foi verificado que o material apreendido não se tratava de diamante.
A OPERAÇÃO
As Polícias Civil e Militar de Minas Gerais, em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Uberlândia e do Gaeco de Uberlândia, deflagraram, nesta terça, uma operação voltada ao enfrentamento ao tráfico de drogas. A ação também visa ao combate à corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações, estelionatos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes apurados em mais de 21 inquéritos policiais, cujas investigações conjuntas ocorrem há mais de um ano por meio de uma força tarefa integrada.
De acordo com a força tarefa, atendendo a requerimentos formulados pela Autoridade Policial, o Poder Judiciário da Comarca de Uberlândia determinou a expedição de 46 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de prisão preventiva, indisponibilidade de 14 imóveis e apreensão/sequestro de 27 veículos, assim como de duas embarcações náuticas.
Além dos mandados judiciais Uberlândia, estão sendo cumpridos também nas cidades de São Paulo (SP), Jaíba (MG), Córrego Dantas (MG), Paracatu (MG), Tupaciguara (MG) e Araguari (MG). Também conforme informações da força tarefa investigativa, a indisponibilidade de bens e de patrimônio dos alvos investigados decretada pelo Poder Judiciário é de até R$ 13 milhões.
A operação realizada nesta terça-feira (17) contou com a participação de três promotores de Justiça mineiros, 100 policiais civis e 100 policiais militares de Minas Gerais, assim como com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e da unidade regional do Gaeco de Paracatu. Também foram empregadas na operação duas aeronaves, uma da Polícia Civil e outra da Polícia Militar de Minas Gerais.