As Polícias Civil e Militar de Minas Gerais, em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Uberlândia e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia/MG, deflagraram, na manhã desta terça-feira (17), uma operação voltada ao enfrentamento ao tráfico de drogas. A ação também visa ao combate à corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações, estelionatos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes apurados em mais de 21 inquéritos policiais, cujas investigações conjuntas ocorrem há mais de um ano por meio de uma força tarefa integrada.
A operação foi denominada Diamante de Vidro em referência à origem das investigações, que decorreu da prisão de indivíduos suspeitos de estarem negociando pedras preciosas na cidade de Uberlândia, especificamente diamantes, mas que no decorrer das apurações restou verificado que o material apreendido não se tratava de diamante.
Segundo a força tarefa, as equipes investigativas também constataram que os indivíduos atuavam de forma organizada e coordenada, na condição de integrantes de uma estruturada organização criminosa. O propósito principal dos criminosos era, além da prática dos inúmeros delitos antecedentes (tráfico de drogas, corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações e estelionatos), também dissimular e ocultar os lucros ilícitos auferidos com suas atividades criminosas, por meio da lavagem de capitais executada das mais diversas formas.
Ainda de acordo com a força tarefa, as apurações realizadas em conjunto pela Polícia Civil, Polícia Militar e Gaeco regional Uberlândia tiveram êxito em demonstrar a existência de uma estruturada e coordenada organização criminosa, integrada por criminosos de elevada periculosidade, cujos membros já completamente identificados superam 46 pessoas até o momento.
Os principais crimes investigados são os de tráfico de drogas, corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações, estelionatos e lavagem de dinheiro.
Neste sentido, atendendo a requerimentos formulados pela Autoridade Policial, o Poder Judiciário da Comarca de Uberlândia determinou a expedição de 46 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de prisão preventiva, indisponibilidade de 14 imóveis e apreensão/sequestro de 27 veículos, assim como de duas embarcações náuticas.
Além dos mandados judiciais Uberlândia, estão sendo cumpridos também nas cidades de São Paulo (SP), Jaíba (MG), Córrego Dantas (MG), Paracatu (MG), Tupaciguara (MG) e Araguari (MG). Também conforme informações da força tarefa investigativa, a indisponibilidade de bens e de patrimônio dos alvos investigados decretada pelo Poder Judiciário é de até R$ 13 milhões.
A operação realizada nesta terça-feira (17) contou com a efetiva participação de três promotores de Justiça mineiros, 100 policiais civis e 100 policiais militares de Minas Gerais, assim como com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e da unidade regional do Gaeco de Paracatu. Também foram empregadas na operação duas aeronaves, uma da Polícia Civil e outra da Polícia Militar de Minas Gerais.