Butantan afirma que a vacina Coronavac favorece proteção contra variante ômicron

A vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, Maria Carolina Sabbaga, afirmou que a vacina Coronavac favorece a proteção contra a ômicron, mais recente cepa do novo coronavírus descoberta e classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como variante de preocupação. 

Segundo a vice-diretora, a Coronavac está entre os imunizantes com melhores chances de proteger contra a variante, que apresenta grande quantidade de mutações na proteína spike, apontada como a porta de entrada do vírus no corpo humano. A CoronaVac usa a tecnologia de vírus inativado, ou seja, “ensina” o sistema imunológico a reconhecer diversas proteínas do coronavírus e a se defender delas.

Fabricantes de outras vacinas utilizadas no Brasil também se posicionaram sobre a eficácia dos imunizantes diante da ômicron. Segundo Ugur Sahin, presidente-executivo da BioNTech, que produz a vacina da Pfizer, disse que provavelmente o imunizante oferece proteção contra casos graves da variante. No entanto, ele afirmou que possivelmente a Pfizer não terá a mesma proteção contra casos leves e moderados da Covid-19 causados pela nova cepa.

Responsável pelo desenvolvimento da vacina Astrazeneca, a Universidade de Oxford afirmou que não “há evidências de que as vacinas não possam prevenir casos graves de Covid-19 causados pela Ômicron”. Também informou que está pronta para desenvolver rapidamente uma versão atualizada do imunizante caso seja necessário, assim como a Pfizer também garantiu ter condições para realizar esse tipo de produção.

De toda forma, as farmacêuticas já estão testando suas vacinas para verificar a eficácia delas contra a Ômicron. Os resultados devem sair nas próximas semanas.

CASOS NO BRASIL

O Brasil teve os três primeiros casos da variante ômicron confirmados nesta semana. Exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram os resultados positivos para a nova cepa do coronavírus no país. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, os dois casos confirmados são de um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 37, provenientes da África do Sul. O terceiro caso é o de um homem, de 29 anos, vindo da Etiópia.

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