Fase aguda da pandemia pode acabar em 2022, aponta OMS

Mesmo com a explosão de casos da variante Ômicron, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, afirmou, nesta segunda-feira (24), que a fase aguda da pandemia da Covid-19 pode acabar em 2022. Segundo a cúpula da instituição, o fim da declaração de emergência sanitária mundial pode ocorrer ainda neste ano se houver avanço significativo na vacinação global contra o coronavírus e não apostando em estratégias que permitam que o vírus simplesmente circule. 

“Podemos acabar a pandemia em 2022 e transitar para uma nova fase”, disse, durante a abertura da reunião do Conselho Executivo da entidade. “Não acho que vamos ter vacinas que vão esterilizar a transmissão, mas podemos ter doses que possam reduzir transmissão”, afirmou a diretora de vacinas da OMS, Kate O’Brian. 

Para Tedros Ghebreyesus, para acabar com a fase aguda da pandemia em 2022 será preciso atingir alguns objetivos: alcançar a meta de vacinar 70% da população de cada país, com foco nos grupos de maior risco; rastrear o vírus de perto, para monitorar e avaliar o surgimento de novas variantes; ter capacidade de calibrar o uso de medidas sociais e de saúde pública, quando necessário e reduzir a mortalidade através de forte gerenciamento clínico, começando com os cuidados de saúde primários, e acesso equitativo a diagnósticos, oxigênio e antivirais no ponto de atendimento.

PLANO DE SAÍDA DA PANDEMIA

A OMS apontou, nesta segunda (24), que, em um plano de saída do cenário de pandemia, a operação para conseguir o fim da fase aguda da doença vai exigir US$ 26 bilhões para garantir que vacinas, testes e tratamentos médicos também cheguem aos países emergentes. “Isso é o que vai custar para sair da crise”, disse Bruce Aylward, representante da OMS.

Também nesta segunda-feira, diante de governos de todo o planeta, a cúpula da OMS apresentou este plano de saída para a pandemia. Nesse processo, o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, apontou que a prioridade precisa ser diminuir infecções e mortes em decorrência da enfermidade e elevar a oferta de diagnósticos, vacinas e novos imunizantes que podem frear ainda mais a disseminação da doença, alcançando, assim, um cenário de controle sustentável do vírus. 

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