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Família de Moïse Kabagambe é recebida no Ministério Público do RJ

Adelino Júnior

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A família de Moïse Kabagambe foi recebida ontem (10) no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O jovem congolês de 24 anos foi assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, no dia 24 de janeiro.

Os familiares foram recebidos pela equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV), vinculada à Coordenadoria de Promoção dos Direitos das Vítimas (CDV), e depois se reuniram com o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.

Ele assegurou que todos os detalhes do crime serão apurados. “Estamos empenhados, com diversos promotores e procuradores de Justiça e todo o aparato do Ministério Público, para que tenhamos o efetivo esclarecimento do crime e a responsabilização de todos os culpados”, afirmou.

De acordo com Mattos, os instrumentos que o MPRJ dispõe atualmente incluem o olhar para a vítima e o acolhimento da família.

“O MP tinha apenas uma atuação tradicional de promover a responsabilização, a prisão e a conclusão punitiva do caso, mas não havia um olhar para a vítima e seus familiares. Agora, há toda uma estrutura de promoção dos direitos das vítimas que trabalha para acolhimento dos familiares e auxilia na prestação de informações sobre a investigação”.

O promotor de Justiça responsável pelo caso, Alexandre Murilo Graça, apresentou à família um panorama das investigações e disse que a apuração do crime não terminou com a prisão dos três homens que foram flagrados por câmeras agredindo Moïse a pauladas. De acordo com ele, eventuais crimes correlatos também serão esclarecidos.

“Não podemos antecipar o que será feito para não prejudicar a investigação. Mas todos os fatos relacionados ou correlatos ao homicídio serão investigados e esclarecidos. Estamos diante de um crime bárbaro, daremos uma resposta. O Ministério Público está trabalhando com toda a sua estrutura para levar essas pessoas a julgamento e para prestar auxílio às vítimas”.

Também participaram da reunião a secretária de Estado de Assistência à Vítima, Tatiana Queiroz, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), Rodrigo Mondego, e os advogados Ana Paula dos Santos e Dianduala Rafael.

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