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Ucrânia pode ser invadida – Forças armadas russas estão em posições de ataque

Adelino Júnior

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Segundo informações divulgadas por autoridades militares dos Estados Unidos, Vladimir Putin, presidente da Rússia, mobilizou 80% das tropas que russas em posição de ataque, para uma invasão em grande escala na Ucrânia.

Posições

Os Estados Unidos avaliam que mais de 150 mil soldados russos estão reunidos em torno da Ucrânia. A autoridade de alto escalão dos EUA afirmou que as tropas russas ocuparam posições preparadas, algumas a menos de cinco quilômetros da fronteira com a Ucrânia.

As forças russas são em grande parte tropas baseadas em terra, incluindo mais de 120 batalhões de grupos táticos. Mas Putin também deslocou mais de duas dúzias de navios de guerra no Mar Negro, incluindo navios de desembarque com fuzileiros navais a bordo, e conta com forças significativas de artilharia e mísseis, segundo a autoridade.

Até o momento, os militares russos reuniram quase 100% das forças que os Estados Unidos previam que mobilizariam para um ataque em larga escala, informou Washington (UEA).

Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil
Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN BrasilCaption

 

Entenda a tensão entre Rússia e Ucrânia

As tensões entre Ucrânia e Rússia, ambos ex-estados soviéticos, escalaram em 2013, após um acordo político e comercial histórico com a União Europeia. Após o então presidente pró-Rússia, Viktor Yanukovych, suspender os diálogos – supostamente sob pressão de Moscou – semanas de protestos em Kiev explodiram em violência.

Então, em março de 2014, a Rússia anexou a Crimeia, uma península autônoma no sul da Ucrânia, com lealdade forte à Rússia, com o pretexto de que estaria defendendo os interesses locais e dos cidadãos de herança russa.

Primeiramente, milhares de soldados de herança russa, apelidados de “pequenos homens verdes” e posteriormente reconhecidos por Moscou como soldados russos, invadiram a península da Crimeia. Dentro de dias, a Rússia completou sua anexação em um referendo que foi apontado pela Ucrânia e por vários outros países como ilegítimo.

Pouco tempo depois, separatistas pró-Rússia nas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk declararam sua independência de Kiev, levando a meses de conflitos. Apesar de Kiev e Moscou terem assinado um acordo de paz em Minsk, em 2015, intermediado pela França e pela Alemanha, ocorreram repetidas violações do cessar-fogo.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorreram mais de 3 mil mortes de civis relacionadas ao conflito no leste da Ucrânia desde março de 2014.

A União Europeia e os Estados Unidos impuseram uma série de medidas em resposta às ações russas na Crimeia e no leste ucraniano, incluindo sanções econômicas mirando indivíduos, entidades e setores específicos da economia russa.

O Kremilin acusa a Ucrânia de causar tensões no leste do país e violar o acordo de cessar-fogo de Minsk.

Brasil pede respeito às Leis Internacionais

O embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, pediu hoje que os países envolvidos no conflito da Ucrânia respeitem as leis internacionais. Ele discursou durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, nesta quarta-feira (23).

“O Brasil insiste que todas as partes observem as leis internacionais. É imperativo respeitar completamente os princípios da Carta da ONU, sem seleção. A proibição do uso da força, a resolução de disputa de forma pacífica e os princípios de soberania, integridade territorial, não intervenção, e proteção dos direitos humanos, são pilares de nosso sistema de segurança coletiva”, explicou.

“Acreditamos que uma solução permanente na Ucrânia deve levar em consideração as preocupações das partes dentro da estrutura de conversas diplomáticas, e de acordo com as resoluções do conselho de segurança da ONU, e os acordos de Minsk”, ressaltou.

Costa Filho também falou da necessidade de “um cessar-fogo imediato” na região, bem como a “redução militar para garantir a confiança entre as partes”.

“Nosso principal objetivo deve ser prevenir e evitar a guerra. Há uma grande necessidade de diminuir a tensão e buscar o diálogo entre as partes envolvidas”, disse.

“Nós acreditamos firmemente que ainda há espaço para restaurar a confiança e encontrar um resultado negociável e aceitável”. Finalizou Costa Filho.

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