Após o anúncio de medidas hostis à economia russa por parte da comunidade internacional, o país já sente os efeitos na prática. Após as últimas medidas impostas, como a exclusão de alguns bancos russos do sistema de pagamento internacional, a segunda-feira amanheceu amarga para a população russa. O Rublo, moeda russa, já estava em queda e caiu mais 30% nesta manhã. Para tentar conter o alto impacto inflacionário, o Banco Central Russo subiu a taxa básica de juros de 9,5 para 20%.
A população, temendo a escassez da moeda, provoca uma verdadeira corrida aos bancos e caixas eletrônicos na tentativa de salvar suas economias.
O presidente russo, Vladimir Putin, passou os últimos 10 anos investindo pesadamente no poderio militar russo, além de construir uma “fortaleza econômica ” com reservas em moedas estrangeias na casa de U$ 630 bilhões de Dólares, pois já previa duras sanções econômicas à economia russa. Porém, a comunidade internacional anunciou que congelou tais reservas russas, que nao poderão ser sacadas ou utilizadas para pagamentos internacionais. Na prática, isso limita os movimentos do Banco Central Russo para conter a crise econômica e social que já se instala no país e pode levar a economia russa ao colapso em curto período.
“Proibiremos as transações do Banco Central da Rússia, e congelaremos todos os seus ativos, para impedir que financiem a guerra de Putin”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado no domingo (27).
Bilionários russos, altamente impactados pelas medidas contra o sistema, já pedem o fim da guerra, temendo pela ruína de seus negócios.
Rússia e Ucrânia travam o quinto dia de batalha no leste europeu e os representantes dos países estão reunidos neste momento para negociações.