Uberlândia: veto do prefeito a Projeto de Lei é elogiado na Câmara Municipal

Veto elogiado na Câmara Municipal

Mantido em votação realizada na Câmara Municipal de Uberlândia, nesta sexta-feira (11), um veto do Executivo municipal a um Projeto de Lei foi elogiado até por vereadores da oposição. De autoria do vereador Cristiano Caporezzo (Patriota), a proposição vetada prevê a instituição do “Dia da Consciência Humana” no Município de Uberlândia. O veto do prefeito à proposta foi baseado em razões de interesse público. Afinal, segundo a justificativa apresentada, a data iria gerar inegável controvérsia, visto que seria celebrada no dia 21 de novembro, próximo ao Dia da Consciência Negra, já estabelecido em 20 de novembro. Além disso, ainda de acordo com o veto, a matéria resultaria em “inegável mitigação aos efeitos históricos do movimento negro na sociedade brasileira”. O veto total foi mantido por 20 votos favoráveis. Houve um voto contrário. Foram contabilizadas duas abstenções e três ausências.

 

Valorização e respeito à mulher

Em tempos em que ficamos chocados com falas sexistas país afora, como a do deputado estadual Arthur do Val, conhecido como “Mamãe Falei”, que disse que “ucranianas são fáceis porque são pobres”, o Governo Odelmo, em Uberlândia, dá exemplo ao país de valorização e respeito à mulher. Com a realização de eventos que enaltecem a competência delas, como o encontro “A força feminina no campo”, ocorrido no dia 8, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, entre muitos outros, o prefeito Odelmo Leão e a secretária municipal de Governo e Comunicação, Ana Paula Junqueira, mediadora da palestra, abrem espaço na sociedade para que as mulheres mostrem seus conhecimentos e talentos. E levam esse reconhecimento da força e capacidade feminina à política e à administração pública. “Em todos os meus mandatos, a presença feminina ocupa a maioria ou ao menos 50% da minha equipe”, lembrou Odelmo Leão. São atitudes como essas que queremos ver, cada vez mais, na política nacional e em todos os outros setores

 

Uberlândia um passo à frente

Durante a visita do vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, a Uberlândia, na última quarta-feira (9), o prefeito Odelmo Leão defendeu o uso de remineralizadores de solo, como o pó de rocha, para reduzir a dependência da importação de insumos para a fabricação de fertilizantes. A guerra na Ucrânia mostrou ao Brasil que o país não pode mais ser dependente dos fertilizantes vendidos por russos e belarussos, responsáveis por 30% e 20%, respectivamente, do suprimento importado pelo agronegócio brasileiro. “Aqui, em Uberlândia, nós já estamos muito à frente dessa questão, uma vez que já há algum tempo realizamos estudos sobre o uso de pó de rocha em plantações. Inclusive contamos com mineradoras dispostas a produzir remineralizador de solo de excelente qualidade. O momento é de olhar para a nossa casa”, disse Odelmo.

 

Reconhecimento estadual e nacional

O vice-governador de Minas, Paulo Brant, elogiou o movimento de vanguarda realizado em Uberlândia na busca por fontes alternativas para nutrir o solo da produção agrícola brasileira. “Vamos olhar com muita atenção este projeto para que o Governo de Minas possa entrar como um grande parceiro estratégico”, ressaltou Brant. Primeiro Polo Agromineral Verde do país, Uberlândia está em uma região abundante em rochas ricas em minerais importantes para a boa saúde das plantas. Entre as opções, o basalto, uma rocha silicática de origem vulcânica, é a principal fonte do pó destinado à remineralização de solo. E não foi só o vice-governador de Minas que ficou empolgado com a ação pioneira uberlandense. No dia 4 de março, em sua coluna, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, o respeitado jornalista Fernando Gabeira destacou a iniciativa. “Em Uberlândia, estão sendo realizadas pesquisas muito promissoras com o basalto”, disse.

 

Aumento dos preços dos combustíveis

Da mesma forma que não contornou os problemas acarretados pela dependência do agronegócio brasileiro em relação aos fertilizantes vendidos pela Rússia, país envolvido na guerra na Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro também não evitou o aumento dos preços dos combustíveis no Brasil, conforme chegou a cogitar. Na última segunda-feira (7), o presidente deu a entender que poderia intervir na política da Petrobras de alinhamento à cotação internacional do barril. “Tem uma legislação errada, feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo”, disse Jair Bolsonaro, durante entrevista a uma rádio. Quatro dias depois, nesta sexta-feira (11), a Petrobras reajustou os preços de gasolina (aumento de 18,8%) e diesel (24,9%) para as distribuidoras. Com a elevação, o valor médio da gasolina em Minas Gerais pode chegar a R$ 7,33 e o do diesel, a R$ 6,54. A nova alta já provoca estragos. Caminhoneiros e transportadoras já falam em greve. As empresas e entidades de caminhoneiros disseram, em comunicado, que o reajuste do diesel inviabilizou o frete e que as frotas ficarão paradas.  

 

Sentiu a pressão das manifestações?

Dois dias depois da realização de uma mega manifestação das forças de segurança do estado em Belo Horizonte, o Governo de Minas enviou, nesta sexta-feira (11), à Assembleia Legislativa substitutivo ao projeto de lei que prevê o reajuste salarial dos servidores públicos estaduais. O novo texto estabelece o pagamento do reajuste de 10,06% nos vencimentos de forma retroativa a janeiro de 2022 para os servidores da Segurança Pública e da Saúde, assim como já havia sido previsto para a Educação. Outra alteração no texto foi o acréscimo de mais uma parcela do abono fardamento ou auxílio vestimenta para as forças de segurança, além das três já anunciadas pelo Governo de Minas em fevereiro. Assim, segundo informou o Governo Zema, passam a ser pagas quatro parcelas do abono (em fevereiro, maio, agosto e novembro), em vez de uma, como ocorre atualmente. Cada uma das parcelas equivale a 40% da remuneração básica do soldado, ou seja, cerca de R$ 2 mil. 

 

Insatisfação no setor da Educação

Enquanto tenta frear a insatisfação da segurança pública de Minas, com ajustes na proposta de reajuste salarial, o governador Romeu Zema enfrenta outro desgaste: na Educação. Os servidores do setor continuam em greve por tempo indeterminado no estado. Em Uberlândia, Uberaba e Ituiutaba, os trabalhadores da rede estadual de Educação continuam mobilizados. O movimento chegou, nesta sexta-feira (11), ao terceiro dia consecutivo de paralisação, mesmo com a determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na quarta-feira (9), para que a greve fosse encerrada. Alegando irregularidade na decisão judicial, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG) comunicou, no mesmo dia, que vai recorrer. A principal reivindicação dos servidores da Educação de Minas Gerais é o cumprimento do piso salarial profissional nacional no estado. 

 

Compartilhe este artigo
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile