Vereadores obtêm número necessário para abrir CPI da Saúde em Uberlândia

Nove vereadores assinaram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Uberlândia para investigar os gastos com saúde na cidade e a gestão na área, que atualmente é feita por meio de convênio do Município com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e a Missão Sal da Terra. O número de parlamentares que endossaram o requerimento, feito pelo vereador Murilo Ferreira (Rede), era o necessário para a instalação da CPI da Saúde.

A solicitação da Comissão de Inquérito já tinha obtido oito assinaturas e a nona foi oficializada na noite desta sexta-feira (6) pelo vereador Cristiano Caporezzo (PL), por meio de suas redes sociais. Também nas suas mídias sociais, o vereador Murilo Ferreira confirmou a adesão dos nove parlamentares ao pedido de abertura da CPI e divulgou o documento com as assinaturas dos vereadores Amanda Gondim (PDT), Cláudia Guerra (PDT), Cristiano Caporezzo (PL), Dandara (PT), Dudu – Luiz Eduardo (Pros), Fabão (Pros), Liza Prado (Patriota) e Odair José (Avante), além do autor do pedido, Murilo Ferreira (Rede).  

Também em suas redes sociais, Murilo Ferreira apontou questionamentos à gestão da saúde em Uberlândia que a CPI deverá fazer. “Não queremos fazer politicagem, queremos apenas detalhar a aplicação dos mais de R$ 800 milhões aplicados nas associações privadas que dirigem à saúde em nossa cidade!”, disse. “Por que tantos contratos terceirizados com empresas de São Paulo? E os funcionários que recebem gratificações e outros que ocupam  cargos de chefia mesmo estando de fato encostados? Por que racionam coisas básicas como papel e copo descartável? As contratações dos médicos do Siate estão seguindo o processo seletivo ou existem indicações?”, completou o vereador.

O autor do pedido de abertura da CPI também fez outros questionamentos. “Como explicar uma empresa que recebe da Prefeitura R$ 650 milhões por ano manter escritórios jurídicos terceirizados que custam R$ 65 mil por mês e não ter papel higiênico, copo descartável e sabonete nas unidades?”, perguntou. “Pagamento de uma consultoria de gestão no valor de R$ 2 milhões pela Prefeitura, sem nenhum resultado apresentado”, mencionou Murilo Ferreira.

Questionada sobre as assinaturas para a abertura da CPI da Saúde no Legislativo uberlandense pela reportagem do Regionalzão, a Prefeitura de Uberlândia, até o fechamento da reportagem, SPDM, Missão Sal da Terra e Prefeitura de Uberlândia não tinham se manifestado sobre a CPI. O Regionalzão mantém o espaço aberto para que as entidades e a Prefeitura se manifestem sobre o assunto. Durante a assinatura do edital para ampliação do Hospital Municipal, nesta quinta-feira (5), o prefeito Odelmo Leão reforçou que no site da Prefeitura há um espaço disponível para consulta no Portal Transparência com todas as contas da saúde.

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