No dia 30 de outubro de 2016, em seu discurso após a vitória na disputa para a Prefeitura de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) disse que “acabou coxinha e acabou mortadela. O papo agora é quibe”. Quase seis anos depois, de olho nas eleições deste ano para o Governo de Minas, o ex-prefeito da capital mineira e atual pré-candidato a governador firmou uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é pré-candidato a presidente no pleito de 2022, em um movimento eleitoral que uniu quibe e mortadela, símbolos políticos que fazem referência aos eleitorados de Kalil e de Lula, respectivamente.
Em entrevista ao Regionalzão Talk, novo programa do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com ênfase na cobertura política de Minas Gerais, Alexandre Kalil comentou sobre essa aproximação do quibe com a mortadela no estado de Minas Gerais neste ano. Questionado pelo apresentador Adelino Júnior sobre o tema, Kalil, que tem ascendência árabe, disse que, realmente, em 2016, não estava próximo do grupo ligado ao ex-presidente Lula. Mas, ainda de acordo com o ex-prefeito de BH, em 2022, os cenários políticos mineiro e brasileiro mudaram e ele se uniu, no estado, para disputar a eleição para o Governo de Minas, ao petista, a quem Kalil considera ter “muita coisa em comum”.
“É isso. Eu não tenho problema de lado. É porque vocês ainda não me conhecem. Vão me conhecer nesse tempo (da campanha eleitoral). Eu não tinha lado (nas eleições municipais de 2016). Não estava com o PT, não estava com o PSDB e nunca estive com a extrema direita e com a direita. Sou muito claro nas minhas coisas”, explicou Kalil. “Só nunca desrespeitei o presidente Lula. Nunca! E quando ele me chamou (para fazer aliança em 2022), eu disse: ‘Presidente, nós temos muita coisa em comum!”, completou.
