Arthur Ramires, irmão do influenciador digital Lohan Ramires, preso durante a Operação “Má Influência”, vai responder em liberdade ao processo que investiga o crime de lavagem de dinheiro. Ele está preso há mais de dois meses no Presídio de Uberlândia I e a previsão é que seja solto ainda nesta quinta-feira (11).
O blogueiro Lohan segue detido e a mãe deles, que também responde processo, foi solta e saiu da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga em junho.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Arthur é investigado por outros crimes e o habeas corpus foi concedido pelo desembargador Eduardo Brum, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Relembre a operação
Onze pessoas foram presas e 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no último dia 27 de maio, em Uberlândia.
A operação “Má Influência” foi realizada em conjunto pelas polícias Militar (PM) e Civil (PCMG), além da Superintendência da Receita Estadual e do Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O influenciador e vendedor de celulares, com mais de 500 mil seguidores na internet, foi um dos alvos da ação.
A operação é voltada ao enfrentamento qualificado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, sonegação tributária, dentre outros crimes apurados em inquéritos policiais, cujas investigações conjuntas ocorrem há mais de um ano.
Segundo as apurações, os investigados associaram-se para ocultar e dissimular origem, propriedade, natureza e localização de bens e valores provenientes, direta ou indiretamente, de infrações criminais, mediante prática de diversas condutas fraudulentas e utilização de interpostas pessoas físicas e jurídicas.
Além de identificar as estratégias do grupo para lavar dinheiro e o envolvimento em outros crimes – como o tráfico de drogas, por meio da venda de anabolizantes, e a sonegação fiscal, a partir da comercialização clandestina de aparelhos celulares, sem recolhimento de impostos e fornecimento de notas fiscais -, as investigações também apontam os papéis dos suspeitos nos esquemas ilegais.
De acordo com os policiais, uma das características dos alvos da operação era garantir a aparência de uma vida honesta e rica em redes sociais, tentando justificar o sucesso de suas “conquistas” à intervenção divina, quando, na realidade, estavam inseridos em um esquema de lavagem de dinheiro.
No intuito de justificar a origem do dinheiro, os suspeitos realizavam transferências bancárias para contas correntes de empresas pertencentes a integrantes da família do alvo principal, além de outras pessoas físicas e jurídicas, as quais também são investigadas.