Investigados tinham forte ligação com presos da Operação Balada, diz delegado da PF

 

O delegado da Polícia Federal – PF em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Renato Beni da Silva, coordenador da Operação After, deu detalhes sobre o trabalho policial que culminou na operação deflagrada nesta terça-feira, 8, ocasião em que ressaltou que o grupo investigado nesta fase mantinha forte ligação com os vários presos na Operação Balada, realizada em 2021. Assista acima!

Conforme o delegado, os crimes investigados são tráficos de drogas, lavagem de dinheiro e milícia armada.

Operação Balada

A Operação Balada foi desencadeada no dia 5 de outubro de 2021, e ao menos 100 alvos foram presos e encaminhados para as unidades prisionais em Uberlândia. Mandados também foram cumpridos em outras cidades de Minas Gerais, além dos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.

Em Uberlândia, 96 presos foram levados até o Presídio de Uberlândia I, sendo 94 detentos homens e as duas advogadas. Já as outras 24 mulheres foram encaminhadas à Penitenciária de Uberlândia I. Em Alagoas, foi preso o principal responsável pelo tráfico de drogas no Triângulo Mineiro, de acordo com a PF. Ele estava em um hotel de luxo da capital alagoana, onde passaria a semana, e era conhecido por realizar viagens caras e ter gosto refinado.

No Espírito Santo, foi preso um suspeito de ser fornecedor de drogas. No Mato Grosso, foram seis mandados de prisão. A Operação “Balada” tem esse nome pelo fato de os investigados ostentarem em redes sociais a realização de diversas festas de luxo, sendo algumas até em outros países com altos gastos com uso de iates e carros esportivos.

Operação After

Foram cumpridos 246 mandados, expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia/MG, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima. São 110 mandados de prisão e 136 de busca e apreensão. Em relação ao tráfico de drogas, foi possível identificar indivíduos que atuavam no fornecimento de grandes quantidades de cocaína para outros traficantes de drogas, principalmente localizados no triângulo mineiro.

Já no tocante à milícia carioca, foi identificado um grupo atuante na região da baixada fluminense, com atividade voltada à exploração do serviço clandestino de “segurança armada” para o transporte de cargas de grandes empresas, cujos parques industriais estão sediados naquela região. Tal grupo contava com a atuação de servidor público da área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro e explorava, também, o comércio ilegal de armas de fogo (fuzis).

Os grupos criminosos citados foram identificados a partir do rastreamento das atividades de célula criminosa localizada na região do triângulo mineiro, especializada na lavagem de dinheiro para diversos criminosos localizados em várias unidades da federação. Tal célula “administrava” inúmeras contas bancárias em nome de terceiros e em nomes falsos, a fim de burlar a ação de órgãos de fiscalização.

No decorrer das apurações, a Polícia Federal descobriu que mais de R$ 1 bilhão foi movimentado no período investigado e que parte destes valores foram destinados à compra de fazendas, casas, apartamentos, embarcações e veículos de luxo. As contas bancárias utilizadas no esquema e o patrimônio identificados foram bloqueados por determinação judicial.

A presente operação foi batizada de AFTER em virtude de ser um desdobramento da Operação BALADA, deflagrada em outubro de 2021, quando foram cumpridos 236 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão, além do sequestro milionário de bens.

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