Em Minas Gerais, durante todo o ano de 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuou no resgate de 194 trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão. Carvoarias e lavouras de café foram os locais com maior concentração de trabalhadores localizados nestas condições.
Além da PRF, as ações realizadas em diversas regiões do estado contaram com a participação de Auditores do Ministério do Trabalho e Previdência e Promotores do Ministério Público do Trabalho.
Entre as várias irregularidades constatadas pelas autoridades, destacaram-se os alojamentos que possuíam instalações elétricas com fios expostos e risco iminente de choque elétrico, superlotação dos ambientes, banheiros insalubres, bem como falta de acesso à água potável.
Em alguns casos, os trabalhadores não tinham formalização dos contratos de trabalho e havia ocorrências de atraso de salário. Quando formalizados os contratos, a remuneração registrada não correspondia àquela efetivamente paga.
Duas ações chamaram a atenção dos policiais: em março, no município de Campos Altos, dentre as 17 pessoas resgatadas, 3 eram menores de idade; em outro alvo, no mês de setembro, em Unaí, os dois homens resgatados em condições análogas à escravidão, trabalhavam na propriedade há 30 anos.
Reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho é crime.
A PRF tem o compromisso de combater essa violação. Denuncie por meio do telefone de emergência da PRF 191 ou pelo Disque 100.