A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou desde 8 de janeiro sete casos suspeitos de vandalismo em torres de transmissão, conforme relatos das transmissoras, com a queda de quatro delas até o momento, disse a reguladora em nota na última segunda-feira, 16. Três torres caíram em Rondônia, sendo duas da Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, nas cidades de Cujubim e Vilhena, e uma do grupo Evoltz, em Rolim de Moura, informou a agência. A queda em Vilhena foi a mais recente, registrada no último sábado. Também houve a queda de uma torre de Furnas, subsidiária da Eletrobras, em Medianeira, no Paraná.
Furnas informou ainda sobre suspeita de ato de vandalismo, sem queda, em uma segunda torre em Tupãssi, também no Paraná. Outros eventos, sem queda, foram registrados pelas empresas Taesa, em Rio das Pedras (SP), e ISA Cteep, em Palmital (SP).
Os ataques suspeitos foram tema de reunião nesta segunda-feira entre os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, para discutir ações para evitar novos eventos e buscar punir os responsáveis.
Entre as ações em análise, a pasta de Minas e Energia apontou a participação de forma integrada de agentes de segurança Estadual e Federal, com o reforço do patrulhamento em áreas estratégicas e o reforço do monitoramento das linhas de transmissão, com o uso de novas tecnologias como câmeras e drones.
A agência reiterou ainda que não houve interrupção do fornecimento de energia em virtude dessas ocorrências e que tem mantido o Ministério de Minas e Energia informado de todos os eventos, como também tem interagido com as autoridades de segurança pública.
Os eventos vêm sendo registrados desde a invasão dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro. A Polícia Federal investiga se há relação entre eles.