Conforme publicação do deputado federal André Janones, o deputado Nikolas Ferreira, que se passou por “Nikole” no plenário e fez uma fala polêmica no Dia de Mulher, teria na verdade “dado vazão a seus desejos sexuais reprimidos”. Confira abaixo!
Nikolas ganhou mais de 20 mil novos seguidores no Instagram desde o discurso realizado na última quarta-feira, 8, em que, vestindo uma peruca amarela, disse que se sentia uma mulher transsexual e, por isso, teria “lugar de fala” no Dia Internacional das Mulheres.
O número é três vezes maior do que a média diária registrada pelo parlamentar em fevereiro: 6.170.
“Hoje, o Dia Internacional das Mulheres, a esquerda disse que eu não poderia falar, pois eu não estava no meu local de fala. Então, eu solucionei esse problema aqui. Hoje eu me sinto mulher. Deputada Nikole”, disse Nikolas.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu para a Câmara investigar o deputado Nikolas por transfobia. E parlamentares apresentaram notícia crime no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a repercussão do discurso, o deputado se defendeu das acusações de transfobia em suas redes sociais. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans – visto a diferença biológica – e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso é histeria e narrativa”, escreveu.
No Twitter, Nikolas Ferreira também conseguiu alcançar mais pessoas, porém o crescimento foi menor do que em seu perfil no Instagram. Em 24 horas, Nikolas ganhou 4.200 seguidores, número que não foge muito da sua média diária na rede social, que é de 3.900.
Em nota enviada à imprensa, Nikolas informou que não promoveu um discurso de ódio ou transfóbico.
A íntegra da nota do deputado Nikolas:
“O deputado informa que proferiu discurso tão somente com o intuito de alertar sobre a perda de espaço das mulheres nos esportes para pessoas trans. Homens e mulheres são biologicamente diferentes e possuem corpos diferentes. Negar isso, portanto, é adotar um tipo de negacionismo sem precedentes. Nesse sentido, não houve, em momento algum da fala, o crime de transfobia ou discurso de ódio, mas sim o direito constitucional do parlamentar em expressar sua opinião sobre um determinado tema. Por fim, no que tange às notícias de que o PSB e partidos de esquerda tenham pedido a cassação do mandato, informamos que ainda não recebemos nenhum tipo de notificação, mas é aguardado com tranquilidade, haja vista a certeza de que nenhum crime foi cometido”.