Nesta quinta-feira, 9, três pessoas pertencentes a um mesmo grupo foram presas no Japão por suspeitas de obstrução forçada de negócios. Os acusados podem enfrentar processos de “comportamento anti-higiênico e de assédio”, mas a prática tem ficado cada vez mais frequente desde o início de fevereiro, com o chamado terrorismo do sushi.
Um dos presos seria um jovem, de 21 anos, detido por beber em uma garrafa de molho de soja de uso comum de um restaurante kaitenzushi, ou “sushi na esteira”, na cidade de Nagoya. A ação do jovem deixou sujo o objeto que seria utilizado posteriormente por outras pessoas.
Os outros dois suspeitos, incluindo outro jovem, de 19 anos, e uma adolescente, de 15 anos, foram detidos por supostamente ajudar a compartilhar um vídeo de 10 segundos nas redes sociais que mostrava o primeiro acusado colocando uma garrafa de molho de soja na boca.
O “terrorismo do sushi” começou a viralizar nas redes sociais depois da divulgação de um clipe no qual um adolescente lambia a borda de uma xícara de chá antes de colocá-la de volta em uma prateleira e depois enxugava a saliva em um prato de sushi que passava pela esteira. Desde então, muitos outros ataques contra a higiene desses restaurantes começaram a ser divulgados e enojar os japoneses que costumam frequentar esse tipo de estabelecimento.
Desde o início do ano, os restaurantes kaitenzushi tiveram que tomar medidas drásticas para atrair clientes nervosos de volta às suas portas. A indústria dos restaurantes kaitenzushi foi inaugurada em 1958, em Osaka, e tem um valor de ¥ 740 bilhões para o Japão, o que equivale a cerca de R$ 27 bilhões. Originalmente, foi criada para usar tecnologia de ponta para acelerar o processo de entrega da comida ao cliente e lidar com o problema da escassez de mão de obra.