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Presos por ataques no dia 8 de janeiro relatam comida estragada e falta de água potável

Relatos foram feitos a um órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos

Fernando Natálio
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Um relatório feito pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, aponta que os presos suspeitos de participação nos ataques de 8 de janeiro, em Brasília (DF), têm jogado a maior parte da comida fora por entenderem que as refeições estão estragadas. Eles também têm reclamado de falta de água potável.

“Segundo relatos, a maioria da refeição servida no almoço da unidade é descartada pelos custodiados, de tão intragável. A refeição tem um aspecto asqueroso e um cheiro bastante desagradável. Além disso, foi denunciado de maneira unânime que é comum chegar azeda e estragada. A unidade não fornece nenhum tipo de talher para alimentação, restando aos internos improvisarem uma colher ou comer com as mãos”, menciona o documento.

Os presos também relataram problemas de pele, alergias e diarreias por causa do consumo da água da pia, já que estariam sem acesso a água potável. O relatório também cita que parte dos presos disse que estaria sem colchão, toalha e cobertas.

O documento foi entregue à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O relatório foi feito com base em visitas realizadas ao Complexo da Papuda e à Colmeia, onde estão os presos suspeitos de participação nas invasões das sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro de 2023.

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