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Amanda Gondim pede abertura de CPI do Transporte Coletivo de Uberlândia

Iniciativa pretende analisar execução dos contratos firmados com prestadoras de serviço em meio a denúncias de precarização

Gabriele Leão
Vereadora Amanda Gondim (PDT) protocola pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Público de UberlândiaFoto: Divulgação/Redes Sociais

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A vereadora Amanda Gondim (PDT) protocolou pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Público de Uberlândia e está articulando as assinaturas de outros parlamentares necessárias para a instauração da CPI. A movimentação acontece dias depois da Operação “Ir e Vir”, realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com o Procon, que constatou diversas irregularidades em ônibus que fazem o serviço na cidade. A situação do transporte público no município já demanda atenção há anos.


RELEMBRE
De 2020 a 2022, a Prefeitura executou três aportes financeiros às empresas prestadoras de serviço que, somados, chegam a mais de R$50 milhões. As justificativas foram desde a reposição de prejuízos causados pela pandemia até socorro para pagamento de funcionários. Em março, a Operação Ir e Vir encontrou uma série de irregularidades nos ônibus em circulação na cidade. Foram constatadas superlotações, plataformas de acessibilidade a PCDs quebradas, pneus em péssimas condições, entre outros problemas. No dia seguinte, foi determinada a retirada de circulação de seis ônibus que foram autuados em dezenas de irregularidades, como extintores de incêndio vazios, vazamento de óleo, faróis quebrados e outros itens de segurança.


Em nova etapa da operação, no último dia 16, 120 ônibus das três empresas prestadoras do serviço foram fiscalizados, destes, 34 veículos estavam em superlotação. Foram constatados 40 autos de infração expedidos e mais 12 ônibus foram retirados de circulação.
Dada as irregularidades, o MPMG recomendou o encerramento dos contratos com as empresas de transporte público.


A vereadora de Uberlândia afirmou que a “situação é gravíssima e diante deste cenário extremamente preocupante, que se agrava ano após ano, o Poder Legislativo precisa agir. Esta CPI será um instrumento fundamental de fiscalização e transparência com o povo uberlandense. A mobilidade urbana é um direito e deve ser garantido com qualidade e lisura na relação com as empresas prestadoras de serviço”.


Até o momento, além da vereadora proponente Amanda Gondim, já assinaram o requerimento de abertura de CPI os vereadores Fabão (PROS), Murilo (Rede), Dr. Igini (PT) e a vereadora Cláudia Guerra (PDT). Faltam quatro assinaturas de parlamentares para que a Comissão seja instaurada. As empresas ainda não foram notificadas pelo poder legislativo devido a ausência das assinaturas para a abertura da CPI.


O Regionalzão entrou em contato com a Prefeitura de Uberlândia, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Triângulo Mineiro (Sindett) e empresas de transporte urbano de Uberlândia para comentar sobre o caso. Até a publicação esta matéria, nenhuma resposta havia sido enviada.

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