Nesta quarta-feira (12), o governador Romeu Zema (Novo) lançou novas medidas de prevenção à violência e fortalecimento da rede de proteção nas escolas estaduais de Minas Gerais. A iniciativa vem após o anúncio, na segunda-feira (10), de que policiais militares realizarão visitas periódicas às instituições de ensino como forma de reforçar a segurança após casos de violência em escolas de outros estados.
Uma das principais mudanças é a adoção de um novo protocolo de acesso aos prédios escolares, que tornará obrigatória a identificação e autorização para a entrada de visitantes nos espaços. Essa medida visa aumentar o controle sobre quem entra nas escolas e garantir a segurança dos estudantes e funcionários.
Além disso, os gestores escolares, tanto da rede pública quanto privada, deverão seguir um novo fluxo em caso de ocorrência de violência ou ameaças. A partir de agora, os diretores das unidades de ensino deverão comunicar o fato às suas respectivas Superintendências Regionais de Ensino (SREs), que farão imediatamente a comunicação com a seção de planejamento operacional regional da Polícia Militar (PM).
O governo também anunciou que a PM acionará a Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para identificar o autor em casos de violência cibernética relacionada às escolas. Essa ação será coordenada pelo recém-criado Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar, que também será responsável pelo desenvolvimento e aprimoramento do protocolo de acesso às unidades de ensino.
As medidas foram anunciadas durante uma visita do governador à Escola Estadual Amélia Santana Barbosa, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No entanto, especialistas levantam questionamentos em relação à eficácia dessas ações. Cleo Garcia, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que estuda ataques em escolas no Brasil, considera o reforço de segurança e policiamento como medidas pontuais e insuficientes para solucionar o problema.