O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriu nesta sexta-feira (14) um novo mandado de prisão preventiva contra a ex-vereadora Pâmela Volp decorrente a um crime brutal. A prisão ocorreu no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, para onde ela foi transferida a pedido do Ministério Público (MP) após as tentativas de homicídio na ala LGBTQIAPN+ da penitenciária.
A “Operação Libertas” investigou a ex-vereadora e constatou que Pâmela cortou uma das mamas da vítima para retirar a prótese de silicone, arrancando o implante à força, mediante tortura e a canivetadas. As investigações também revelaram que Pâmela havia financiado o silicone da vítima, porém atrasou as parcelas do pagamento.
Conforme as informações, a mulher trans chegou a Uberlândia em 2015 e foi aliciada por Pâmela para trabalhar nos pontos de prostituição da cidade. Para isso, a vítima era obrigada a fazer pagamentos diários e guardar dinheiro para pagar os implantes mamários, que foram colocados posteriormente em uma clínica clandestina.
Após a cirurgia, a vítima tentou se esconder da ex-vereadora, mas foi encontrada, sequestrada, agredida e ameaçada. Teve ainda seus cabelos cortados, de acordo com as investigações.
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou Pâmela Volp mais uma vez pelos crimes de tortura, lesão corporal gravíssima e sequestro. A audiência do caso foi marcada para o mês de agosto, quando a ré e as testemunhas serão ouvidas. A ex-vereadora permanece presa no Presídio Professor Jacy de Assis aguardando o desenrolar do processo judicial. A “Operação Libertas” continua em andamento para investigar outros possíveis envolvidos nos crimes cometidos por Pâmela Volp.