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Mulher que enviou falsa bomba para Zema e foi presa indo para Uberlândia possui sinais de transtorno mental, diz PCMG

Para ela, o artefato seria um presente, tendo revelado ter feito algo parecido para procuradores da Lava Jato em 2018

Redação Pontal

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Na última terça-feira (18/4), a Polícia Civil de Minas (PCMG) autuou em flagrante uma mulher, de 58 anos, suspeita de entregar uma caixa contendo objeto que simula uma bomba relógio na loja da família do governador Romeu Zema, em Araxá, no Alto Paranaíba. Há indícios de que a investigada sofra de transtorno mental.

A bomba foi entregue pela mulher em uma caixa como um “presente” ao governador. Ela deixou a caixa contendo uma carta e um simulacro de bomba, o que causou pânico às vítimas. A Polícia Militar imediatamente isolou o local e acionou o esquadrão antibombas, identificando que se tratava de um explosivo falso. A suspeita foi detida em flagrante por policiais militares quando se deslocava entre Araxá e Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

A PCMG realizou perícia no material e constatou também que não havia qualquer risco de explosão. O delegado regional em Araxá, Valter André Biscaro Salviano, adiantou que ao ser ouvida pela polícia a mulher apresentou sinais de transtorno mental, o que foi confirmado pela mãe e advogado dela, que deverão apresentar laudo de comprovação.

A mulher disse que admira o governador e que entendeu o que fez como um presente. Ela afirmou ainda que teria feito algo semelhante quando entregou uma caixa a procuradores da operação Lava Jato em 2018, fato que deverá ser confirmado pela Polícia Civil. “Percebemos com as respostas que ela não sabia discernir completamente que o suposto presente era algo que provocasse pânico aos familiares do governador e ao Estado”, comentou o delegado Valter André.

Providências

O delegado Vinícius Ramalho explicou que a mulher foi autuada em flagrante com base na Lei de Segurança Nacional, de 1953, “a qual prevê que causar pânico ou terror contra órgão do Estado ou seus integrantes é crime”. O delegado ainda complementou que “caberá ao Poder Judiciário agora, em audiência de custódia, com todas as provas, avaliar as medidas cabíveis, seja por soltura com medidas restritivas ou até mesmo internação provisória em centro psiquiátrico”, completou.

A Polícia Civil descarta qualquer motivação política por trás da ameaça, uma vez que a carta que acompanhava a caixa com o simulacro de bomba não revelou nenhum sentido concreto.

As investigações prosseguem para completa elucidação dos fatos.

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