Um motorista de aplicativo, de 27 anos, atropelou e matou um motociclista após suspeitar que o jovem teria roubado um celular em São Paulo, na última terça, 25. Imagens abaixo mostram Matheus Campos Silva, de 21 anos, ainda vivo e balançando as mãos na tentativa de pedir socorro.
Após o acidente, o motorista filma e faz diversas chacotas: “Pois é, infelizmente, Lúcifer Morningstar [um personagem da indústria de quadrinhos DC Comics] recebeu mais um membro na equipe. Agora, ir para a delegacia assinar um assassinato”, disse o motorista sem demonstrar arrependimento, e com a frase: “Menos um fazendo um L” escrita em alusão aos eleitores do presidente, Lula da Silva.
O motorista disse que só removeria o carro depois que a polícia chegasse. “Não pode tirar o carro, senão o cara foge. Desta vez não vai ter cervejinha nem picanha”, disse, em mais uma referência ao atual presidente. Ele manteve o tom irônico sobre o caso durante as gravações, também chegou a filmar a si próprio sorrindo dentro da viatura policial e também na delegacia.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como “furto e morte suspeita/acidental no plantão do 78º Distrito Policial”.
A irmã da vítima, chamada Paloma, se pronunciou: “A gente nem sabe o que aconteceu, não tem câmeras no local para saber exatamente o que aconteceu. Quando a gente soube, meu irmão estava morto no hospital como indigente, tratado como se fosse um morador de rua e, pior, um bandido. Em vez de investigar homicídio, o delegado falou que foi só acidente. Quer dizer que a vida das pessoas não vale nada? Quer dizer que, quando um morador de rua for atropelado, ninguém vai fazer nada? A pessoa que atropela ainda vai fazer vídeo de deboche, postar nas redes sociais, em grupos do Uber e sei lá onde mais e posar de herói? Que mundo é esse em que as pessoas enaltecem alguém que matou outra pessoa e se vangloria disso? — questiona.
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