Deputado questiona Zema sobre recomposição das perdas inflacionárias da segurança pública em Minas Gerais

Aumento de salário do governador e de seus secretários gera tensão e descontentamento na Assembleia Legislativa do Estado.

Foto: Divulgação

O clima de tensão tomou conta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em audiência pública para tratar da recomposição das perdas inflacionárias da segurança pública. Tudo aconteceu quando o Deputado Caporezzo (PL), demonstrou descontentamento com a ausência de posição do governo Zema em honrar com esse compromisso, que é uma obrigação prevista em lei.

Caporezzo questionou a secretária de planejamento e gestão de Minas Gerais, Luiza Barreto, afirmando que em uma das reuniões com o governo Zema, a bancada da bala da ALMG teria sido informada que o governador não poderia comprometer o orçamento do Estado aprovando a recomposição de 36% das perdas inflacionárias da segurança pública de maneira parcelada em quatro anos, porém, menos de um mês depois, o governo fez exatamente isso: aprovou um reajuste de 150% e mais um aumento real de 150% para Romeu Zema e o seu alto secretariado até o fim de 2026.

O deputado questionou a secretária Luiza Barreto. “Por quê houve esse comprometimento, que vocês falaram que para nós era impossível, mas para o governador e o secretariado vocês deram? Em quatro parcelas, em quatro anos. Seria isso uma incoerência ou tem alguma justificativa plausível?”, disse.

A secretária se esquivou da pergunta ao afirmar que responderia ao final da audiência, o que gerou revolta no público presente. Mais de quatro horas depois, ela tentou encerrar sua participação sem responder ao parlamentar e novamente foi indagada por ele. “Secretária, com todo o respeito, eu aguardei aqui por quatro horas a resposta da senhora e ela não veio”, questionou.

Diante da insistência do deputado, Luiza Barreto afirmou que o reajuste dos secretários foi em quatro anos porque é a mesma lógica aplicada ao reajuste dos deputados. Foto: Divulgação.

O deputado Caporezzo finalizou a discussão. “Eu quero acrescentar aqui que eu não critiquei em momento nenhum a maneira como foi escalonado o aumento e nem perguntei como isso se deu. Eu perguntei por quê não fazer o mesmo para a segurança pública e essa resposta eu não obtive”, encerrou, deixando a secretária sem resposta.

A fala de Cristiano Caporezzo apenas reverbera o clima de insatisfação da segurança pública para com o governo Zema que já dura desde a gestão passada, quando diversas manifestações foram realizadas pela classe que tem enfrentado grandes dificuldades e que foi a mais sobrecarregada no período pandêmico.

Agora os parlamentares da comissão de segurança pública e representantes de classe esperam uma posição definitiva do governo a respeito do tema.

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1 Comentário
  • Esse governo veio do meio privado, que é conhecido por enrolar o funcionário e seus sindicatos nas negociações, e sempre sai pagando menos ou quase nada do que foi pedido. Lá paga-se altos salários para os níveis de gerentes para que eles mantenham os funcionários sob controle, no cabresto, mediante ameaças. Há mais de 04 anos que o governo Novo vem tentando implantar essa forma nefasta no serviço público, de pagar menos e exigir mais, e em especial na segurança, que conseguiu até hoje de forma fácil, porque os militares, por exemplo, não podem fazer greve mesmo com salários de escravos são obrigados a se virar para realizar suas atividades, porque no seu lombo está a chibata do Código de Ética e Código Penal Militar, e os policiais Civis são obrigados a manter o mínimo dos serviços funcionando, e assim esse governo tenta implantar o ódio na Categoria, quando verifica-se que já se encontra no meio do ano de uma negociação que iniciou em janeiro, e até hoje sem sinalizar nenhum indice para uma categoria que cobra 35,4%, e para piorar só se fala em RRF que vai ser danoso para as carreiras e pior ainda para a sociedade, que verá a Segurança de Minas que atualmente é uma das melhores do Brasil passar a ser uma das piores do país, dada a insatisfação de uma categoria que já tem quase 40% de defasagem salarial e poderá ao longo de 9 anos atingir quase 90%; tenha certeza, nenhum trabalhador no mundo presta, dessa forma, um serviço com primazia, essa precarização dos serviços aconteceu no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

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