Na tarde desta sexta-feira, 30, uma notícia confirmou o que já era esperado por aliados e adversários políticos: Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, está inelegível. Isso significa que, até 2030, o capitão reformado do Exército não poderá concorrer a qualquer cargo público.
No primeiro momento, Jair Bolsonaro não deverá ‘se dar por vencido’ e vai insistir na tese de que é injustiçado e perseguido pela justiça brasileira. A estratégia visa manter o capitão ativo no cenário, além de tentar evitar uma perda maior de capital político, o que já acontece desde a derrota de outubro.
No entanto, a inelegibilidade do ex-presidente não pegou seus aliados de surpresa. Nos bastidores, já está em curso a negociação de alianças para 2026.
Inegavelmente, dois nomes surgem muito forte no atual cenário: Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Juntos, eles governam mais de 65 milhões de pessoas e são os dois estados com os maiores números de eleitores do Brasil.
Zema está em seu segundo mandato e tem alta aprovação entre seus eleitores, tendo sido reeleito já no primeiro turno em 2022. Já Tarcísio de Freitas é ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro e se elegeu governador de São Paulo ao vencer Fernando Haddad (PT), atual Ministro da Economia.
Quando questionado pelo Regionalzão, em entrevista às vésperas do primeiro turno, Romeu Zema não descartou que pode concorrer à presidência em 2026. Já Tarcísio afirma que seu projeto para São Paulo é de 8 anos e evita responder sobre o tema “presidência”.
Na última vez que estiveram juntos publicamente, na abertura da ExpoZebu, em Uberaba-MG, os dois colegas de executivo trocaram elogios e puxaram salvas de palmas. Na tarde de ontem, 29, o próprio Jair Bolsonaro foi questionado sobre Zema e Tarcísio, e o ex-presidente disse que são “dois bons nomes para o futuro”.
Muita estrada política daqui até 2026, com uma grande parada nas eleições municipais em 2024, mas a direita pode ver na antiga política “Café com Leite” a solução para retornar ao Planalto.
