“Nós temos que fechar quase todos”, diz Presidente Lula sobre clubes de tiro; assista

No programa “Conversa com o Presidente”desta terça-feira, 25, Luiz Inácio Lula da Silva trouxe à tona um tema polêmico: os clubes de tiro espalhados pelo Brasil. Lula defendeu o fechamento de quase todos os estabelecimentos deste tipo no país, salvo os que são usados pelas forças de segurança para treinamento.

“Eu, sinceramente, não acho que um empresário que tem um lugar para praticar tiro é um empresário. Eu, sinceramente, não acho. Eu já disse para o [ministro da Justiça], Flávio Dino: ‘nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da Polícia Militar, do Exército ou da Polícia Civil’. É a organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro, e não a sociedade brasileira”, disparou o presidente Lula, em clara alusão aos CAC’s.

“Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe, ‘sifu’. Nós não. Nós queremos preparar a democracia, fortalecer a democracia”, completou o presidente que está em seu terceiro mandato. Veja abaixo parte da entrevista:

O presidente Lula também criticou a antiga politica armamentista do seu antecessor, Jair Bolsonaro. Ele questionou, por exemplo, o fato de um cidadão querer portar uma pistola 9 mm, que anteriormente era de uso restrito à forças de segurança, mas foram liberadas no governo do ex-presidente Bolsonaro.

“O que ele vai fazer com essa arma? Vai fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque no fundo no fundo esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida. Não está conseguindo comprar o material escolar do seu filho”, afirmou.

Vale lembrar que um novo decreto, assinado na última semana, voltou a colocar a pistola 9 mm como de uso restrito.

Os chamados CAC`s – Caçador, Atirador e Colecionador – foram amplamente favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Lula nas urnas e que agora está inelegível por irregularidades durante a campanha presidencial.