Uberlândia chega aos 135 anos com um planejamento urbano que já permite a quem vive nela um vislumbre do futuro de uma cidade que aspira à condição de metrópole. Com investimentos em acessibilidade, saneamento básico e fornecimento de água que viabilizam a acomodação de uma população que poderá superar um milhão e meio de habitantes. Novos empreendimentos emergem cada vez mais ousados. Esse progresso é resultado do esforço daqueles que chegaram à região, inicialmente formando um vilarejo, mais tarde uma vila, chamada São Pedro do Uberabinha e que décadas depois viria a se tornar a maior cidade do interior do Estado, orgulho de seus atuais 713.232 habitantes (IBGE 2022).
A cidade percorreu diversas etapas de desenvolvimento, sempre alinhadas com seu tempo. Da produção de charque para suprir o sertão e os grandes centros, passando pela chegada da eletricidade e das indústrias, até tornar-se um entreposto comercial favorecido por sua posição geográfica e, mais recentemente, por adotar a tecnologia, fomentando um ambiente de negócios e uma agricultura altamente eficiente.
Essas conquistas trouxeram não apenas empreendimentos, mas também uma população diversificada. Uberlândia transformou-se numa cidade cosmopolita, onde o Brasil inteiro se encontra. Hoje, ela é a 28ª cidade mais populosa do país e uma das mais sustentáveis, superando várias capitais. A população aumentou seis vezes desde o registro de 124 mil habitantes em 1970. Na mesma época, sua vizinha Uberaba possuía a mesma população. O núcleo urbano, inicialmente concentrado na região do Bairro Fundinho, logo atravessou o Córrego das Galinhas – onde hoje fica a Avenida Getúlio Vargas – e se expandiu até a Vila Martins. Esse movimento, que ocorreu nos anos de 1950, já delineava a visão de uma cidade planejada para o futuro, com ruas largas, avenidas comerciais e o primeiro shopping center do Brasil, ao lado do hospital Santa Genoveva. Posteriormente, vieram a Villa Brasil, com suas extensas avenidas, o Umuarama como setor universitário e o atual Centro, que se estabeleceu como um polo comercial e de serviços, tendo a Praça Tubal Vilela como um marco modernista.
Mas Uberlândia estava predestinada a crescer ainda mais. Novas centralidades surgiram à medida que a cidade se expandia geograficamente e a busca por serviços locais aumentava. Bairros como Luizote, Santa Mônica, Planalto e Segismundo Pereira surgiram para atender às necessidades básicas de seus moradores, mas continuaram a depender do Centro para serviços públicos, instituições bancárias, cartórios e comércio robusto. Isso gerou uma demanda por mais espaço. Prédios e belos patrimônios arquitetônicos deram lugar a estacionamentos, e o tráfego congestionado levou moradores a se mudarem para as periferias em busca de tranquilidade e moradia acessível. Com a saída dos moradores e o aumento da violência, o Centro já dava sinais de exaustão.
Esse deslocamento chamou a atenção de empreendedores e autoridades, levando a cidade a planejar seu futuro de forma mais audaciosa. Novas regulamentações resultaram na criação de bairros planejados, com infraestrutura completa fornecida antes mesmo da chegada dos primeiros moradores. Avenidas, corredores de ônibus expressos e redes de distribuição de água foram projetados para acomodar uma cidade com mais de um milhão de habitantes, reduzindo o tempo de deslocamento e melhorando a qualidade de vida nas áreas periféricas.
A Zona Sul: um exemplo de planejamento para o futuro
Todo esse movimento planejado se materializa de forma surpreendente na maior frente de expansão atual: a Zona Sul, e ganhou força a partir dos anos de 1990, graças a fatores como a topografia plana, o estabelecimento de um polo universitário e o planejamento viário definido pelo Plano Uberlândia Integrada, um projeto público que estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento urbano. Desde então, a região recebeu shoppings, galerias, condomínios e instalações de saúde, transformando o antigo trieiro de terra dos anos 1970 que levava ao clube Caça e Pesca, na movimentada Avenida Nicomedes Alves dos Santos, uma das principais vias da cidade. Novos acessos surgiram conduzindo a bairros como Shopping Park e São Jorge que dão vida e democratizam a região com empreendimentos e culturas diversas, formando um Centro todo novo para a vida do uberlandense.
Na Zona Sul, testemunhamos o surgimento da cidade humana, sedutora e gentil descrita no hino de Uberlândia. A região está agora repleta de canteiros de obras, guindastes, novas avenidas, parques e praças, resultados do trabalho árduo de milhares de pessoas e de dezenas de construtoras e empreendedores que se reuniram ali. A cada dia eles contribuem para moldar a cidade que desejamos e sonhamos, baseada nos princípios de democratização, diversidade e sustentabilidade. Esses valores são cruciais para uma convivência harmoniosa e humanizada.
Gávea Centro: Um novo Centro principal de uma Uberlândia pensada para as pessoas
No trabalho desenvolvido na Zona Sul, o setor imobiliário e o poder público enfrentam o desafio de não apenas criar projetos que acrescentem novas centralidades ou elementos arquitetônicos marcantes à cidade. Eles também têm a responsabilidade de criar conexões, bairros, espaços públicos e empreendimentos que fomentem a convivência, a troca de experiências e o bem-estar na paisagem urbana. Essas ações devem ser acessíveis a todas as classes sociais, culturas e etnias, alinhadas com a visão da cidade do futuro.
Nesse contexto, nasceu o mega projeto “Tríade da Conectividade”, materializado no Gávea Centro. Formado por três centralidades: Villa Gávea, Garden Gávea e Park Gávea que se conectam para abraçar não somente o seu núcleo, mas toda a cidade com o objetivo de serem referência em moradia, serviços, comércio, trabalho e lazer. Centralidades que não foram concebidas para apenas se destacarem das vizinhanças; ao contrário, o sucesso de seus projetos está em como elas influenciam, valorizam e, acima de tudo, atendem às comunidades ao redor. É criando valor para a coletividade que essas áreas se destacam no mercado imobiliário, ao atrair investimentos e se firmarem como atrativos para as gerações atuais e futuras.
A Tríade da Conectividade, conectada a outras regiões em desenvolvimento na área, foi pensada como impulsionadora do crescimento do novo Centro. O projeto reflete as dinâmicas dos jovens da região, proporcionando uma praça esportiva no Park Gávea, oferecendo moradias próximas às faculdades no Villa Gávea e espaços de lazer no Garden Gávea, tudo voltado para a convivência. Dessa abordagem inovadora surgiu um novo modo de planejamento urbano, centrado na gentileza urbana e resultando num Centro novo e grandioso, capaz de atender às demandas da cidade por muitas décadas a seguir.
Dessa forma, colaboramos também com todos os demais agentes do setor e com o poder público. Maximizando o que seriam entregas individuais e rompendo com a separação entre o público e o privado, pois sabemos que nossos projetos contribuem para uma cidade mais unida, diversa e democrática. Criamos assim um novo modelo de Centro, inédito no Brasil que não é apenas um espaço comercial; é um lugar para viver, aproveitar e se encontrar. Seu design audacioso, visão de futuro e abordagem inovadora que assegura a qualidade de vida ao longo do seu desenvolvimento, destacando-se das antigas referências comerciais da cidade. Passear pelo Gávea Centro já é experimentar uma cidade que acolhe todas as classes sociais e culturas. Em breve será também um local de encontro monumental, como a Uberlândia do futuro demanda.
Um Centro como a própria Uberlândia: inclusivo para todos
Para celebrar os 135 anos de Uberlândia e oferecer uma visão do novo Centro para a cidade, Wesley Perez, um jovem de 27 anos natural de Tupaciguara, expressou com carinho sua experiência de vida na cidade. Ele reside em Uberlândia desde criança. E para ele “Uberlândia possui um caráter único, uma vitalidade peculiar que a faz crescer em todos os setores, algo raro no país. A cidade avança constantemente para uma melhor qualidade de vida”.
Através da arte, ele imaginou como seria a cidade do futuro. Ele é o autor da projeção da Zona Sul com seus diversos empreendimentos. Especialistas do setor imobiliário acreditam que isso se concretizará até 2040, com base em projetos já lançados e anunciados. Por meio da arte de Wesley, essas visões podem ser apreciadas em conjunto pela primeira vez.
“Para mim a arte representa a visão de uma cidade mais completa e acessível por igual e que poderá garantir aos seus moradores que vivam, trabalham e constituam uma vida plena sem a necessidade de se deslocar para longe”, disse Wesley sobre a ilustração. Para a Alia, o Gávea Centro já é uma realidade, refletindo a maneira como os residentes veem a região: completa, interconectada e com a admiração de quem assiste uma cidade renascer. Este é um presente para Uberlândia em seus 135 anos de história de acolhimento e prosperidade.