Na última segunda-feira, 4 de setembro de 2023, às 15h, uma equipe policial militar foi acionada para investigar um caso de morte violenta na Rua Leopoldo de Bulhões, no Bairro Pampulha, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram uma vítima de 57 anos de idade sem vida, deitada em sua cama, com marcas roxas pelo corpo e hematomas na cabeça, indicando sinais de espancamento.
A filha da vítima, de 27 anos, e seu companheiro, de 31 anos, genro da vítima, foram os responsáveis por chamar a polícia por volta das 13h40, quando descobriram que o pai estava morto. A vítima residia em uma casa nos fundos do terreno, enquanto o casal morava na casa da frente, que pertencia à vítima. Segundo eles, o pai havia permitido que morassem no local.
Inicialmente, o casal relatou que a vítima teria sido vítima de um espancamento no sábado à noite, após uma briga em um bar localizado na mesma rua da residência. Eles alegaram que socorreram o pai quando o viram sendo agredido por cinco indivíduos e o levaram de volta para casa. A filha afirmou que, embora estivesse mal, não queria que o casal chamasse socorro. Ela cuidou do pai, mas ele não apresentou melhora. No dia 4, por volta das 13h40, quando foi verificar o pai novamente, ele estava morto, momento em que acionaram a polícia militar.
Entretanto, os policiais investigadores seguiram até o bar mencionado pelo casal, onde alegaram que as agressões haviam ocorrido. O dono do bar informou que não tinha conhecimento de nenhuma briga naquele final de semana e, inclusive, que o bar estava fechado no sábado. Mais revelador ainda, o dono do bar relatou que o casal costumava agredir frequentemente a vítima.
Entrevistando os vizinhos do casal, as informações confirmaram que as agressões eram comuns, chegando a quebrar a mandíbula da vítima em ocasiões anteriores. Além disso, os vizinhos relataram que a filha sofria agressões do marido regularmente e havia saído às ruas gritando e pedindo ajuda diversas vezes por medo de ser morta, bem como de que seus filhos fossem vítimas de violência.
Após várias conversas com a filha, ela confessou que no sábado não houve briga no bar, mas, na verdade, foi o marido quem agrediu o pai. Quando questionada sobre por que não chamou socorro para o pai, ela alegou apenas que seu pai estava consciente e não desejava ajuda.
Diante das evidências coletadas pela equipe de investigação e da presença dos requisitos de flagrante, o casal foi preso em flagrante delito pelo homicídio da vítima. A perícia foi acionada, e o perito criminal compareceu ao local. A funerária realizou o recolhimento do corpo e o encaminhou para o Instituto Médico Legal (IML).