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Projeto da UFU de Ituiutaba ajuda mulheres por meio de sessões de filmes

"Eu combato a violência, e você?" auxilia toda a comunidade a se conscientizar sobre a violência doméstica

Redação Pontal

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Dando início a expansão da Universidade Federal de Uberlândia(UFU) na região do Triângulo Mineiro, o campus Pontal, localizado na cidade de Ituiutaba, foi desenvolvido em 2006, mas implantado somente em 2012, com a criação da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (Facip/UFU). Já no ano de 2020, a universidade teve sua estrutura reorganizada e o campus passou a sediar três faculdades, sendo elas a Faculdade de Administração, Ciências Contábeis, Engenharia de Produção e Serviço Social (Faces), o Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal (Icenp) e o Instituto de Ciências Humanas do Pontal (Ichpo).

A cidade de Ituiutaba foi fundada em 16 de setembro de 1901. Atualmente, ela é um polo comercial de produtos variados, desde a área agropecuária até serviços médicos, se tornando um referencial para os municípios vizinhos. A unidade UFU, localizada na cidade, atende não apenas seus mais de dois mil estudantes, como também os 105 mil habitantes com projetos que buscam auxiliar a comunidade em todos os aspectos. 

E foi com o objetivo de amparar todo o corpo social de Ituiutaba, que a professora do curso de Serviço Social, Soraia Veloso, criou o projeto “Eu combato a violência. E você?” que foi selecionado no edital interno da UFU, do Programa de Extensão Integração UFU/Comunidade (PEIC) da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU), durante 2019. A proposta tem como finalidade discutir a violência doméstica por meio da exibição de filmes e documentários. “Naquele momento, não houve nenhum caso específico sobre violência que me motivou. Apenas o interesse pela temática e o fato de gostar muito de cinema e tentar aproveitar este conhecimento para tratar de um assunto tão difícil quanto é a violência”, comenta a professora. 

Com a pandemia de Covid-19 em 2020, foi necessário encontrar outras formas de manter a ideia viva e continuar colaborando com a comunidade de Ituiutaba. Dessa forma, Soraia elaborou rodas de conversa on-line para discutir e advertir a respeito de uma temática tão importante que, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, se agravou durante os meses de quarentena. Assim que as atividades presenciais retornaram, o projeto voltou a exibir obras audiovisuais sobre esse viés e cooperar com estudantes e habitantes do campus Pontal. 

A professora não pretendia escrever o projeto novamente no programa de extensão da universidade, após o retorno às atividades presenciais, mas o depoimento de uma discente, em aula, sobre a importância do projeto para as mulheres, a fez repensar a ideia. 

“Ela conseguiu sair de um relacionamento abusivo por conta do projeto que a fez entender que aquela situação que ela estava passando não era normal. A partir da fala dela, algumas outras discentes presentes também se sentiram confortáveis para falar sobre violências sofridas e este momento foi muito forte, pois todas elas foram vítimas de algum dia de violência, como relacionamento abusivo de namorados, mas também assédios e abusos de familiares”, compartilha Soraia. 

Dessa forma, o projeto não apenas ajuda de maneira direta, e indireta, diversas garotas e mulheres que se encontram em situação de risco devido a algum tipo de violência,  ele também colabora para a conscientização de uma temática delicada. As sessões acontecem uma vez por mês e trazem sempre um filme, ou documentário, que corresponde com o tema do projeto. Além disso, há oficinas quinzenais de estudo com o propósito de discutir e ler obras sobre violência.

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