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ONU denuncia Israel e Hamas por massacre de civis e cobra punição para criminosos de guerra

Com quase 5.000 mortes, conflito que já dura 11 dias impõe pesadas perdas a ambos os lados, principalmente de civis inocentes

Eloi Naves
Bandeira da ONU. Joaquín Corbalán

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A ONU – Organização das Nações Unidas – subiu o tom hoje, 17, contra Israel e o Hamas, responsáveis pelo sangrento conflito no Oriente Médio, que já vitimou 4.500 pessoas, além de causar o deslocamento de mais de 1 milhão de refugiados.

A entidade denunciou as autoridades de Israel por forçarem uma evacuação de centenas de milhares de palestinos na Faixa de Gaza, além de massacrarem civis e violarem diariamente o direito humanitário internacional.

Em um duro discurso na manhã de hoje, em Genebra, a Porta-Voz da ONU, Ravina Shamdasani, condenou o argumento israelense que o cerco contra Gaza e o massacre de civis seriam uma resposta aos crimes do Hamas. Para a ONU, o ataque indiscriminado contra a população palestina não se justifica.

“Não se pode ter uma punição coletiva aos terríveis ataques do Hamas”, disse Shamdasani. Segundo ela, o alto número de mortos em ataques israelenses inclui milhares de mulheres e crianças, além de 11 jornalistas, 28 trabalhadores de equipes médicas e 14 funcionários da ONU.

Israel comete crime de guerra ao obrigar evacuação

Segundo a ONU, Israel deveria oferecer abrigo aos palestinos que foram forçados a deixarem suas casas por ordem das Forças de Defesa de Israel, sob a ameaça de ataques. Como isso não ocorreu, configura crime de guerra.

Os palestinos que conseguiram deixar a região estão agora presos na fronteira com o Egito, sem comida, sem acesso à água potável, medicamentos e outras necessidades básicas.

“Até o momento, cerca de 400 mil deslocados internos estão abrigados em vários locais, vários deles em prédios da ONU. A lei internacional exige que qualquer evacuação temporária legal por parte de Israel, potência ocupante, seja acompanhada por fornecimento de acomodação com condições de higiene, saúde, segurança a alimentação”, completou Samdasani.

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