24 municípios mineiros oferecem transporte público gratuito; 2 estão no Triângulo Mineiro

Em todo o país, 83 municípios oferecem a gratuidade no transporte público; Minas Gerais e São Paulo respondem juntos por 60% destes números

Ônibus da frota do Programa Busão do Povo, de Ituiutaba, no Triângulo MineiroAssessoria de Comunicação / Prefeitura Municipal de Ituiutaba

Dos 853 municípios mineiros, apenas 24 oferecem o transporte público gratuito. É o que revela um levantamento feito pelo Jornal Estado de Minas, que demonstra um crescimento deste modelo ano a ano.

A primeira cidade mineira a adotar a gratuidade do transporte público foi Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro, em 1994. Em 2023, a cidade de Ituiutaba, também no Triângulo, adotou o sistema, que começou a operar no segundo semestre.

Confira todas as cidades mineiras que oferecem gratuidade no transporte público:

Monte Carmelo;

Abaeté;

Muzambinho;

Jeceaba;

Mário Campos;

Itatiaiuçu;

São José da Barra;

Campo Belo;

Arcerburgo;

Lagoa da Prata;

Caeté;

São Joaquim de Bicas;

Cláudio;

Santana do Deserto;

Mariana;

Pirapora;

São Lourenço;

Arcos;

Ouro Preto;

Ibirité;

Ituiutaba;

Leopoldina;

Belo Vale;

Sarzedo.

A média populacional das cidades mineiras que integram a lista é de 40.255 habitantes. Ibirité, com 170.837 habitantes e Ituiutaba, com 102.217, são as cidades mineiras com as maiores populações a oferecerem o benefício.

Economista defende o modelo

O economista André Veloso, integrante do Movimento Tarifa Zero, defende que a adesão dos municípios aumenta à medida que o sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens não se sustenta. Segundo ele, a queda no número de passageiros deixou o transporte público inviável em diversas cidades.

“A lógica de financiamento do transporte pela tarifa já não funcionava desde a década de 1990. Se você olhar a demanda do sistema a nível nacional, o pico é 1995 e ela vai caindo. Essa demanda caiu um quatroaté 2005 e depois perdeu mais um quarto até 2013. Já era um colapso numa velocidade que aumentava e, com a pandemia, acelerou bastante. Caeté, por exemplo, diante do colapso do sistema, deixaria de ter ônibus na cidade. A resposta foi deixar o transporte gratuito, pagar de maneira indireta e manter o sistema, fomentando a demanda de passageiros”, comenta.

Veloso defende que o sistema de transporte gratuito aumenta o número de passageiros, o que gera mais fluxo de pessoas, maior arrecadação a partir do crescimento do público no comércio e atividades de lazer, por exemplo.

*Com informações de Jornal Estado de Minas

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