O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, produziu um relatório sobre a situação do sistema prisional em todo o país. Além das denúncias de supostas torturas, maus-tratos e negligência por parte do Estado, um fato chama ainda mais atenção.
Um detento morreu no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, e a causa da morte foi um suposto atropelamento que ele teria sofrido enquanto estava preso. O caso foi classificado como suspeito.
Os peritos do MNPCT questionam a causa da morte e alegam “impossibilidade material” de uma pessoa presa ser atropelada. Como o detento estava sob custódia do Estado, o órgão pede esclarecimentos sobre a real circunstância do óbito.
O Jornal O Tempo, de Belo Horizonte, questionou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), acerca da morte suspeita. A pasta informou que o preso foi admitido no sistema prisional no dia 18 de janeiro de 2021, enquanto estava internado no Hospital das Clínicas de Uberlândia, sob custódia da Polícia Civil, após sofrer um atropelamento.
“Ele faleceu no dia seguinte por morte encefálica e, por essa razão, foi desligado do sistema prisional”, disse a Sejusp. No entanto, não forneceu detalhes sobre o atropelamento que levou o preso a ser internado, pois o caso “não está relacionado ao sistema prisional administrado pelo Depen-MG”.
O Jornal O Tempo também questionou a Polícia Civil de Minas Gerais sobre o motivo e as circunstâncias da prisão , mas até o momento a assessoria da PCMG não havia se posicionado. Caso haja esclarecimento, o conteúdo será atualizado.
