Em Uberlândia, mais de 30% dos resíduos no aterro poderiam ser reciclados pelos moradores.

Para se ter uma ideia, por mês, chegam, em média, 18 mil toneladas de lixo no aterro sanitário municipal

Imagem: reprodução

A gestão sustentável dos resíduos sólidos descartados pelos moradores de Uberlândia é um desafio que o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) tem priorizado. Afinal, com mais de 700 mil habitantes, a cidade produz uma quantidade significativa de lixo.

Para se ter uma ideia, por mês, chegam, em média, 18 mil toneladas de lixo no aterro sanitário municipal, dos quais pouco mais de 30% poderiam ter sido encaminhados para reciclagem.

O aterro sanitário, para onde são destinados todos os resíduos coletados pela coleta de lixo convencional, já conta com uma estação de captação e aproveitamento de biogás destinado à geração de energia elétrica desde 2012.

“Por mais que cumpra um papel importante na gestão desses resíduos, o lixo que lá é descartado representa alguns riscos como poluição do solo e da água, esgotamento de recursos e perigo para a fauna local.

Além disso, o aterro também exige o uso de um amplo espaço de terra que se torna de difícil utilização após sua lotação”, explica o gerente de Resíduos Sólidos do Dmae, Guilherme Miranda.

Uberlândia já está em seu segundo aterro sanitário, sendo que o primeiro foi utilizado de 1995 até 2010, quando atingiu a sua capacidade máxima.

O atual, em atividade desde 2010, tem previsão de vida útil para até 2028, entretanto, Guilherme Miranda ressalta que esse prazo pode ser prorrogado por meio de programas socioambientais, como a coleta seletiva e a compostagem de resíduos que o Dmae tem implantado e incentivado na cidade.

Coleta Seletiva e Compostagem

A Coleta Seletiva e a Compostagem se apresentam como soluções ecologicamente corretas e sustentáveis na gestão de resíduos sólidos.

De acordo com uma análise realizada no aterro sanitário de Uberlândia em 2022, pouco mais de 30% dos resíduos que chegam até o local poderiam ter sido reciclados ou reutilizados. Essa porcentagem representa, aproximadamente, seis mil toneladas de lixo todos os meses.

São iniciativas que podem ser facilmente adotadas por todos, afinal a Coleta Seletiva de Uberlândia já atende 65 bairros da cidade e, para colaborar, basta que o morador separe o lixo reciclável dentro de sua casa e coloque para fora nos dias e horários programados para passagem do caminhão.

Esse lixo separado é destinado para cinco associações e uma cooperativa parceira e lá recebem o tratamento adequado.

Já a compostagem pode ser feita facilmente em casas, escolas, empresas e instituições e serve para produzir um tipo de adubo super nutritivo para as plantas, através dos restos de materiais orgânicos consumidos.

Para realizar a compostagem, o Dmae disponibilizou, em seu site, uma cartilha com o passo a passo para quem deseja adotar essa prática em sua casa. E, em casos de empresas e instituições que desejam ter o seu próprio pátio de compostagem, a própria autarquia oferece suporte para essa implantação.

De acordo com Guilherme Miranda, destinar resíduos de forma correta é crucial para a preservação do meio ambiente, redução da poluição, aumento da vida útil do aterro e conservação dos recursos naturais. “O descarte adequado de resíduos é uma responsabilidade de todos e contribui para um futuro sustentável. Além disso, ajuda a evitar impactos negativos na saúde pública e contribui para a inclusão social dos catadores, gerando emprego e renda para mais de 100 famílias do município”, completou.

O mapa da coleta seletiva, onde podem ser consultados os bairros atendidos, os dias e horários, está disponível no portal do Dmae para que todos possam se informar e ajudar a tornar Uberlândia uma cidade ainda mais sustentável.

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